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Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2019 às 16:52
- Atualizado há 2 anos
(Foto: Reprodução) Um novo vídeo de uma câmera de segurança mostra o suspeito de matar Mariana Bazza, 19 anos, se aproximando do carro dela e passando alguns minutos encostado no veículo, qe estava estacionado perto da academia que a jovem frequentava em Bariri, interior de São Paulo.
As imagens são de 7h51 da terça-feira (24), quando Mariana ainda estava na academia. Quando ela saiu, o pneu do carro estava murcho e ela aceitou ajuda do suspeito, Rodrigo Pereira Alves, 37 anos. Depois de acompanhá-lo até uma chácara próxima, não foi mais vista - um dia depois, foi achada morta e Rodrigo foi preso.
O vídeo mostra Rodrigo saindo da chácara, onde fazia bico de pintor. Ele atravessa a rua e vai até o carro de Mariana, um Gol preto. Fica por ali durante um tempo. Uma testemunha que vive nas proximidades contou à TV Tem que viu o suspeito abaixado perto do carro, mexendo em algo. Agora, a polícia investiga se Rodrigo esvaziou o pneu de maneira proposital, para se aproximar da jovem oferecendo ajuda.
“Eu vi que ele estava agachado no pneu do carro. Talvez murchando, sei lá, fazendo alguma coisa. Quando ele me viu até se assustou e levantou. Ele foi até o canteiro e ficou mexendo nas árvores que estão ali, meio que disfarçando a situação. Eu estava saindo para trabalhar, então fui embora”, contou ontem a testemunha.
O delegado Durval Izar Neto contou ao G1 Bauru que a polícia faz diligências em buscas de novas imagens e testemunhas para "tirarmos essa dúvida se ele premeditou ou foi uma mera ocasionalidade".
O inquérito a princípio trata o caso como latrocínio consumado, mas ainda se investiga estupro, sequestro e homicídio.
Rodrigo, que inicialmente confessou o crime, voltou atrás na audiência de custódia na quarta-feira (25). Chorando, ele disse ao juiz que não matou Mariana, que teria sido vítima de um outro homem que ele conhecia. Foi Rodrigo quem indicou à polícia o local em que o corpo da jovem estava, em uma estrada, e o delegado acredita que a versão nova dele é "fantasiosa". Suspeito incialmente confessou crime à polícia, mas disse em audiência que foi um segundo homem (Foto: Reprodução/TV Tem) “Ele fala de uma terceira pessoa que estaria com o veículo, porém imagens mostram que ele saiu com o veículo. E não há informações dessa terceira pessoa, não há imagens, não há testemunhas. Não vamos descartar, mas é pouco provável que exista outra pessoa envolvida", acredita.
Mariana foi achada morta em uma área de canavial. Ela estava de bruços e tinha as mãos amarradas para trás, além de um tecido no pescoço. A princípio não havia sinal de violência sexual, mas isso será determinado pela perícia, que também vai dizer a causa e a hora da morte - para saber se Mariana foi morta na chacara, no carro ou na estrada onde foi achada.
O corpo da universitária foi sepultado na quinta-feira, no Cemitério Municipal de Bariri.