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Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2024 às 12:55
Os quatro ocupantes do helicóptero que estava desaparecido e foi encontrado nesta sexta-feira (12) em São Paulo estão mortos, confirmou a Polícia Militar do estado. Depois de doze dias de buscas, a aeronave foi encontrada pela manhã na região de mata de Paraibuna, mas não houve sobreviventes.
"Todos estão mortos", disse o coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, comandante da Aviação da Polícia Militar de SP, segundo o G1.
Os destroços foram localizados por policiais que sobrevoavam a região a bordo do helicóptero Águia 24, da PM. O local é de difícil acesso e as equipes tiveram que continuar por terra, depois de avistar a aeronave.
As quatro vítimas da queda da aeronave eram uma mãe e a filha, de 45 e 20 anos, um amigo delas, de 41, e o piloto, de 44. A aeronave saiu da cidade de São Paulo e seguia para Ilhabela, no Litoral Norte do estado.
O coronel diz que o helicóptero não tem caixa preta ou qualquer localizador. "Nós checamos desde o começo. Não possui nenhum tipo de localizador, caixa preta... Essa aeronave não possuía nenhum recurso para localização", diz.
Durante as buscas, a identificação do sinal de celular dos passageiros pela Polícia Civil fez com que a área para a procura fosse reduzida de 5 mil km2 para um raio de 12km.
Quem eram as vítimas da queda do helicóptero?
Uma das vítimas era Luciana Rodzewics, de 46 anos. Ela ia viaajar para Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, no dia 31 de dezembro, para passar o Réveillon.
A filha dela, Letícia Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, era outra passageira. A jovem gravou o tempo nublado e enviou ao namorado, relatando as dificuldades do voo. Ela relatou o mau tempo e disse que haviam pousado, mas não sabia onde estavam, dizendo que iriam retornar a São Paulo.
O terceiro passageiro era Rafael Torres, amigo da família há mais de 20 anos. Rafael teria convidado Luciana e Letícia para ir para Ilhabela virar o ano. De acordo com a CNN, Raphael é empresário do ramo de medicamentos, e devido à profissão, tinha costume de se deslocar em voos. Ele é pai de dois meninos, um de 17 e outro de 6 anos.
A quarta vítima é o piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz que o piloto já foi investigado por voos irregulares e teve sua licença cassada por dois anos (de 2021 a 2023). Cassiano foi cassado em decorrência, entre outros motivos, de evasão de fiscalização, fraudes em planos de voos e práticas envolvendo transporte aéreo clandestino.