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Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2023 às 14:00
- Atualizado há 2 anos
A Montana surgiu no começo dos anos 2000. Na época, sua base era o Corsa. Algum tempo depois, a picape cresceu e tomou formas do Agile. Agora, o utilitário está de volta, mas com a mesma base do Tracker, SUV mais vendido do país no passado.
O veículo tem 4,72 metros de comprimento, apenas 2 centímetros a mais que a Renault Oroch, uma de suas rivais. As outras duas concorrentes são da Fiat, Strada (24 cm menor) e Toro (22 cm maior). A vocação e as dimensões afastam o novo modelo de uma disputa interna na Chevrolet. A S10 tem 5,41 m de comprimento e só é impulsionada por motores diesel, e custa a partir de R$ 250 mil. Dê play para acompanhar a avaliação em vídeo A Montana, que começou desembarcar nesta semana nas concessionárias, é oferecida em quatro versões. Sempre com tração 4x2, cabine dupla e um único propulsor, ela pode ser equipada com transmissão manual ou automática. Custa inicialmente R$ 116.890, preço da versão denominada apenas como 1.2 turbo, que tem câmbio manual. A configuração LT, ainda com transmissão manual, é tabelada por R$ 121.990. As duas automáticas são a LTZ (R$ 134.490) e Premier (R$ 140.490).
É uma picape que vai concorrer forte com as versões automáticas da Strada Volcano (R$ 122.990) e Ranch (R$ 127.990). Na outra ponta, disputa com a Toro Endurance (R$ 146.990). Na Renault, a competição é com todas as três opções, que vão de R$ 114.750 (Pro) até R$ 146.900 (Outsider).
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A estratégia da Chevrolet, que já tem em seu portfólio a S10 e terá a Silverado em outubro, não é conquistar apenas os picapeiros. O papel dessa nova geração é atrair para a marca quem busca a versatilidade de uma picape. No entanto, a empresa sabe que as dimensões dos outros modelos atrapalham no uso diário das grandes cidades.
O grande bagageiro da picape, que comporta até 874 litros, pode receber acessórios e divisórias para facilitar a acomodação. A empresa também oferece uma opção de capota elétrica e garante que a caçamba tem a melhor vedação da categoria.
Boa para guiar Durante o lançamento da Montana, a Chevrolet ofereceu o veículo por um dia, no Paraná. O trajeto contemplou trânsito urbano e diversos tipos de piso até a Estrada da Graciosa, um percurso sinuoso que atravessa o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil. O que mais chamou a atenção foi a dirigibilidade. Vazia, já que não foi oferecida a opção de guiar com lastro, a picape mostra um ótimo acerto de suspensão - que usa eixo de torção na traseira - e estabilidade. A impressão é que nem estava em um utilitário enquanto guiava.
A propulsão também é competente e empurra bem a versão Premier, que tem 1.310 kg e 600 kg de capacidade de carga - a versão de entrada pesa 1.273 kg e leva até 637 kg. Até então restrito a uma versão do Tracker, o motor 1.2 litro turbo rende 132 cv de potência com gasolina e 133 cv com etanol, sempre a 5.500 rpm. O torque máximo, atingido a 2 mil giros, é de 19,4 kgfm com gasolina e de 21,4 kgfm com etanol. A picape tem capacidade para até 637 kg, e a caçamba leva até 874 litros De acordo com a aferição do Inmetro, com gasolina, o consumo urbano é de 11,1 km/l para as versões automáticas e 12 km/l para as opções manuais. Em rodovias, 13,6 km/l (manual) e 13,3 km/l (automática). Bom resultado para um veículo desse porte.
Com seis airbags de série, o que faz falta na Montana são tecnologias de auxílio à condução, comuns em SUVs. Apenas a configuração Premier tem alerta de ponto cego. O Tracker, por exemplo, conta com alerta de colisão frontal e frenagem autônoma de emergência. Assim como as versões mais caras da Toro.
*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA GENERAL MOTORS