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Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2022 às 16:23
O presidente Jair Bolsonaro minimizou novamente o impacto da inflação para os brasileiros. Sem citar dados, ele disse nesta quarta-feira (11) que o Brasil foi um dos países "que menos subiu o preço das coisas". A inflação bateu 1,06% no último mês, a maior para um mês de abril desde 1996.>
Bolsonaro voltou a repetir que "a crise é no mundo todo" e que o governo federal tem sofrido "acusações injustas" por conta da perda do poder de compra no país.>
As declarações foram dadas em conversa com apoiadores que ficam no cercadinho do Palácio da Alvorada. Uma mulher contou que já morou no Canadá, o que levou o presidente a comparar os dois países.>
"Acabei de conversar com brasileiro que está na Inglaterra e ele falou do custo de vida lá, inclusive hábitos alimentares, foram mudados porque a crise é no mundo todo. Estou com uma senhora aqui que mora no Canadá. O preço do combustível no Canadá como está?", questionou o presidente. >
A mulher respondeu que custava 12 dólares o litro. “Então está mais de R$ 10 o litro. E o preço da carne lá fora está quanto, subiu muito?", continuou Bolsonaro. “Subiu demais. A gente compra meio quilo de carne por mais de R$ 50”, afirmou a mulher. Bolsonaro quis saber que tipo de carne, e ela respondeu "picanha".>
“Então, 1kg de picanha, R$ 100, US$ 20. A crise é no mundo todo", avaliou. "Inclusive, quanto é que está 1kg de picanha no Brasil?”. “R$55, R$ 60”, responderam os apoiadores. “Menos da metade do preço que está lá fora. Está caro? Está caro. Por que isso daí? Vocês lembram do 'fique em casa, a economia a gente vê depois'? Então, quem mandou ficar em casa é que é o responsável por isso. Não é só quem mandou não. Mandou e vigiou, botou a polícia em cima, botou o guarda municipal", afirmou, aproveitando a oportunidade para novamente criticar medidas tomadas durante a pandemia para evitar a proliferação da covid-19.>