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Pesquisadores encontram novos indícios da existência do enigmático Planeta 9

Estudo é comandado por cientista brasileiro

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 1 de abril de 2025 às 12:35

Planeta 9
Planeta 9 Crédito: Divulgação

Um novo estudo conduzido por um grupo internacional de cientistas, liderado pelo físico Rafael Ribeiro de Sousa, da Unesp, reacende o debate sobre a existência do misterioso Planeta 9. Publicada na revista Icarus, a pesquisa apresenta indícios matemáticos e observacionais que reforçam a hipótese de um grande corpo celeste situado além da órbita de Netuno, em uma região fria e escura do Sistema Solar.

Embora nunca tenha sido visto diretamente, sua presença tem sido sugerida por anomalias gravitacionais detectadas na órbita de pequenos objetos transnetunianos. Esses corpos seguem trajetórias incomuns e parecem estar sob a influência de um único objeto massivo ainda não identificado. Segundo os cálculos, o Planeta 9 estaria localizado a uma distância aproximadamente 600 vezes maior do que a Terra em relação ao Sol e levaria cerca de 10 mil anos para completar uma única volta ao redor da estrela.

A hipótese ganhou força nas últimas décadas com o avanço da tecnologia de observação astronômica. Entre 2004 e 2013, pesquisadores identificaram seis objetos transnetunianos cujas órbitas apontam para a influência de um corpo invisível. A ideia de que um planeta desconhecido poderia estar alinhando gravitacionalmente essas trajetórias não é inédita — Netuno, por exemplo, foi descoberto com base em efeitos similares observados sobre Urano.

Para testar essa possibilidade, a equipe de Sousa realizou simulações computacionais que monitoraram a evolução de corpos celestes ao longo de 4,5 bilhões de anos. Os resultados indicaram que a existência do Planeta 9 poderia explicar não apenas a distribuição dos objetos transnetunianos, mas também a formação de estruturas como a Nuvem de Oort e o Cinturão de Kuiper. Além disso, os cálculos sugerem a presença de um reservatório adicional de cometas alinhado à possível órbita do planeta.

A análise revelou uma correspondência entre a simulação e a realidade observada. Quatro cometas conhecidos, com mais de 10 km de diâmetro e períodos orbitais inferiores a 20 anos, foram "previstos" pelo modelo proposto pelos pesquisadores. Segundo Sousa, "descobrimos que houve um 'match', uma coincidência. Nossas simulações foram consistentes com as observações das órbitas dos cometas".

Outro dado surpreendente é que o Planeta 9 pode ser menor do que se imaginava. Estudos anteriores estimavam que ele tivesse cerca de 15 vezes a massa da Terra, semelhante a Urano. No entanto, para que os cálculos sejam compatíveis com a dinâmica do Sistema Solar, a nova pesquisa sugere um tamanho reduzido, com aproximadamente 7,5 vezes a massa terrestre.

O próximo passo do estudo será refinar as simulações, analisando cometas de longo período originários da Nuvem de Oort. Se as previsões forem confirmadas, astrônomos poderão finalmente apontar telescópios na direção certa para tentar capturar, pela primeira vez, uma imagem do "planeta invisível".