Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 10:06
A mãe de Salomão Rodrigues Faustino, que faleceu após ser esquecido por quatro horas dentro de um carro, fez um post lamentando a morte do filho. O menino, de apenas 2 anos, morreu na terça-feira (18), em Nerópolis, Região Metropolitana de Goiânia, após a empresária Flaviane Lima, dona de uma creche, esquecê-lo no veículo com os vidros fechados. “Você levou todo meu coração e minha alegria. Como eu viverei sem você?”, escreveu Giselle Faustino, mãe da criança. >
A polícia informou que Flaviane buscou o menino em casa e, após entrar na creche, deixou a criança no banco de trás do carro, presa à cadeirinha de segurança. Ela era responsável por levar Salomão até o berçário, mas, em depoimento, afirmou que se esqueceu dele devido à pressão de receber outras crianças. Quando percebeu o que havia ocorrido, chamou o Corpo de Bombeiros, mas Salomão não resistiu.>
Em nota, a defesa de Flaviane afirmou que ela está profundamente abalada e que não houve qualquer intenção de negligência ou descuido. O advogado Giovanni Caldas Vieira Machado ressaltou que a empresária possui cursos de primeiros-socorros e tentou salvar a criança, reforçando que não houve dolo ou negligência deliberada, segundo o G1.>
A mãe de Salomão, por sua vez, lamentou a breve convivência com seu filho, que completou 2 anos no último dia 5 de fevereiro. Giselle descreveu estar vivendo um pesadelo e se questiona sobre como será sua vida sem ele. “Como eu chegarei em casa agora e não presenciarei sua alegria? Eu não consigo fechar o olho sem imaginar seu sofrimento. Perdoa a mamãe, meu amor. Eu queria fazer tanto por você”, escreveu em outra parte da postagem, que compartilhou fotos e vídeos de Salomão em diferentes idades.
>
Flaviane Lima foi presa em Itaberaí, a 80 quilômetros de Nerópolis, após tentar fugir. A polícia autuou a empresária por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e ela foi encaminhada ao Complexo de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia. A Polícia Civil segue investigando o caso.>