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Carol Neves
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 15:16
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que não há indícios suficientes de crime para justificara operação realizada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal, com cinco presos por tentar tramar um golpe de Estado e as mortes de autoridades como o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes. O plano teria sido feito no final de 2022, envolvendo militares próximos ao governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ), pai de Flávio.
“Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E, para haver uma tentativa, é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, afirmou Flávio nas redes sociais. Ele ainda acrescentou que “decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”.
A operação da PF foi autorizada por Moraes, que disse que “os elementos trazidos aos autos comprovam a existência de gravíssimos crimes e indícios suficientes da autoria, além de demonstrarem a extrema periculosidade dos agentes, integrantes de uma organização criminosa, com objetivo de executar atos de violência, com monitoramento de alvos e planejamento de sequestro e, possivelmente, homicídios”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi consultada e avalizou os pedidos feitos pela PF, avaliando que havia provas suficientes da existência de um crime "e indícios razoáveis de autoria, já abordados, que vinculam Hélio Ferreira Lima, Mário Fernandes, Rafael Martins de Oliveira, Wladimir Matos Soares e Rodrigo Bezerra de Azevedo aos fatos”.
A investigação diz que os cinco militares teriam criado e organizado um grupo no aplicativo de mensagens Signal, com chips em nomes de outras pessoas, para planejar o crime. Um texto com o plano ainda foi impresso nas dependências do Palácio do Planalto.