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Da Redação
Publicado em 18 de março de 2020 às 03:30
- Atualizado há 2 anos
A pandemia de coronavírus fez o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adiar a realização do Censo Demográfico de 2020 para 2021. A coleta de dados do levantamento censitário em todos os lares brasileiros, que começaria no dia 1º de agosto deste ano, agora terá início em 1º de agosto de 2021, com duração de três meses.
O órgão cancelou o processo seletivo já aberto para a contratação de mais de 200 mil trabalhadores temporários, que teria provas nos dias 17 e 24 de maio para as vagas de recenseadores e supervisores. O IBGE previa atrair mais de dois milhões de candidatos ao concurso público. Os candidatos que fizeram o pagamento da inscrição no concurso serão reembolsados, conforme orientações que serão publicadas nos próximos dias.
"A decisão leva em consideração a natureza de coleta da pesquisa, domiciliar e predominantemente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores a cerca de 71 milhões de domicílios em todo o território nacional", argumentou o IBGE, em nota oficial.
O órgão também considerou a impossibilidade de realização de toda a cadeia de treinamentos para a operação censitária em tempo hábil para ir a campo. A primeira etapa começaria de forma centralizada em abril de 2020, para depois ser replicada em polos regionais até julho.
O orçamento para o Censo Demográfico de 2020 era de R$ 2,3 bilhões. O IBGE garantiu que estabeleceu formalmente com o Ministério da Saúde o compromisso de realocar o orçamento do Censo 2020 para a pasta, para que os recursos sejam aplicados em ações de enfrentamento ao coronavírus.
"Em contrapartida, no próximo ano, o Ministério da Saúde realocará orçamento no mesmo montante com vistas a assegurar a realização do Censo pelo IBGE", informou o instituto.
Pnad Contínua Mais cedo, o IBGE divulgou que suspendeu também a coleta domiciliar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). A pesquisa divulga dados sobre o mercado de trabalho e a taxa de desemprego no País. A decisão também levou em consideração "o quadro de emergência da saúde pública causado pela covid-19 e as orientações do Ministério da Saúde".
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