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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2024 às 08:49
Foi preso na manhã desta segunda-feira (14) um médico envolvido no esquema que transplantou órgãos contaminados pelo HIV para pacientes no Rio de Janeiro. A ação da Polícia Civil faz parte da Operação Verum, que cumpre mandado de prisão contra pessoas que tiveram atuação no crime.
O profissional também é sócio do PCS Lab Saleme, empresa responsável pelos transplantes, e é apontado pelo governo do RJ como responsável pelo erro. Ele assinou um dos laudos com o falso negativo.
“As investigações indicam que os laudos, falsificados por um grupo criminoso, foram utilizados pelas equipes médicas, induzindo-as ao erro, o que levou à infecção dos pacientes. Um dos pacientes veio a falecer, com as causas da morte ainda sob investigação”, disse a PC. Mais 11 mandados de busca e apreensão são cumpridos por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon).
Seis pessoas que aguardavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio receberam órgãos contaminados pelo HIV e agora testaram positivo para o vírus, em um episódio inédito no Brasil. A Polícia Civil do Rio investiga o caso, além do Ministério da Saúde.
"Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes no Estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas”, diz a secretaria em nota.
O governo estadual diz que houve erro do PCS Lab Salame, uma unidade privada que fica em Nova Iguaçu e foi contratada pela secretaria em dezembro do ano passado para fazer a sorologia dos órgãos doados. O processo foi uma licitação emergiencal de R$ 11 milhões.