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Oposição sugere pedir impeachment de Lula por irregularidade no Pé-de-Meia

"Chegou a hora de colocar ordem na casa", diz senadora Damares

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 13:05

Lula
Lula Crédito: Reprodução

Aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm utilizado as redes sociais para sugerir o impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o Tribunal de Contas da União (TCU) bloquear verbas do programa Pé-de-Meia, que visa custear bolsas para estudantes do ensino médio. O tema gerou discussões acaloradas no X (antigo Twitter), onde parlamentares da oposição acusam Lula de cometer uma "pedalada fiscal", alegando que o caso é similar ao que levou à perda de mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.

No entanto, até o momento, não há informações sobre a coleta de assinaturas para formalizar o pedido de impeachment. A senadora e ex-ministra de Bolsonaro, Damares Alves (Republicanos-DF), se mostrou entusiasta da ideia, afirmando que "chegou a hora de colocar ordem na casa". Ela também criticou o bloqueio das verbas e sugeriu que os indícios apontam para uma pedalada fiscal, instando o Congresso a cumprir seu papel constitucional.

Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, também se manifestou, dizendo que Lula "imitou Dilma" e, por isso, seu único destino seria o impeachment. Outros deputados bolsonaristas, como Hélio Lopes (PL-RJ), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Carlos Jordy (PL-RJ), defenderam o retorno às ruas para pressionar por essa medida. Nikolas Ferreira (PL-MG), em viagem aos Estados Unidos, sugeriu uma data para as manifestações: 16 de março.

A situação começou quando o TCU bloqueou o uso de recursos de fundos privados para financiar o programa Pé-de-Meia, totalizando R$ 6 bilhões. A análise do TCU concluiu que o financiamento violava as regras fiscais, o que levou ao impedimento do uso das verbas. Apesar da decisão, o Tribunal afirmou que o bloqueio não comprometeria imediatamente a execução do programa, mas exigiria que o Ministério da Educação ajustasse o financiamento conforme a lei orçamentária.