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Carol Neves
Publicado em 3 de março de 2025 às 13:33
O empresário Edilson Peter, de 41 anos, foi preso na sexta-feira (28) em São Cristóvão do Sul, na Serra de Santa Catarina, suspeito de forjar o próprio desaparecimento e simular a própria morte duas vezes. Segundo a Polícia Civil, Peter e um cúmplice, de 38 anos, teriam assassinado um homem em situação de rua para tentar convencer as autoridades de que o empresário havia sido morto. O corpo carbonizado foi encontrado dentro de uma caminhonete queimada, mas exames posteriores revelaram que não se tratava de Peter. As informações são do NSC. >
O plano inicial, no entanto, não convenceu as autoridades, já que o empresário percebeu que o cadáver seria submetido a exames de DNA. Para reforçar a farsa, Peter simulou uma sessão de tortura contra si mesmo, gravando vídeos em que aparece com um dedo amputado e dois dentes arrancados. Os vídeos foram enviados a familiares e jornalistas locais, e uma garrafa contendo o dedo e os dentes foi arremessada na casa da namorada do empresário.>
A investigação, conduzida pelo delegado Fabiano Toniazzo, apontou que o cúmplice de Peter já havia cumprido pena por homicídios. Além disso, o empresário é investigado por estelionato em outro inquérito, acusado de aplicar golpes em clientes de sua empresa de placas de energia solar. Segundo o delegado, a motivação para as simulações seria financeira, já que Peter estaria endividado. “Ele não pagava os fornecedores, os fabricantes das placas solares, e vendia aquelas fazendas de energia solar. Ele vendia e também não entregava para os clientes que pagavam as placas”, afirmou Toniazzo.>
A polícia identificou que o corpo encontrado na caminhonete pertencia a Vanderlei Weschenfelder, de 59 anos, cujo desaparecimento havia sido comunicado por familiares. Além disso, testemunhas reconheceram Peter em uma unidade de saúde, onde ele buscou atendimento para suturar o dedo amputado.>
Em nota, os advogados de Peter, Larissa Pereira De Pin e Paulo Henrique De Pin Ramos, informaram que ainda não tiveram acesso ao inquérito policial. “Tomamos ciência hoje das investigações e ainda não tivemos acesso ao inquérito policial. Por esse motivo, aguardaremos o acesso aos documentos e diligências realizadas, bem como a conclusão do inquérito, para nos manifestarmos. Reforçamos a importância de uma abordagem responsável do caso, com respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência”, disseram.>