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Esther Morais
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 09:16
O Índice de Massa Corporal (IMC) é amplamente usado para medir se uma pessoa está dentro do peso ideal. O cálculo é simples: divide-se o peso em quilos pela altura ao quadrado em metros. Porém, o mecanismo, tido por muitos como a fórmula perfeita para avaliar se a pessoa está em forma, pode não ser um indicador 100% confiável de saúde, uma vez que tende a ocultar informações essenciais sobre a composição corporal. >
Segundo o médico com foco em saúde, emagrecimento e performance, Gabriel Mendes, pessoas com o mesmo IMC podem ter níveis de gordura corporal muito diferentes, e é aí que mora o problema. “Isso significa que alguém classificado como “peso normal” pode, na verdade, ter um alto percentual de gordura e pouca massa muscular, um perfil conhecido como ‘falso magro’. Essa condição está associada a riscos à saúde, como resistência à insulina, doenças cardiovasculares e até mesmo diabetes tipo 2, mesmo que a balança diga o contrário”, destaca o médico.>
Gabriel Mendes ressalta ainda que o IMC não diferencia gordura de músculo, o que pode levar a avaliações errôneas de atletas ou pessoas com alta massa muscular, por exemplo. “Essas pessoas podem ser classificadas como ‘acima do peso’ ou até ‘obesas’ segundo a tabela tradicional, quando, na realidade, estão em excelente forma física”, diz.>
Por considerar o cálculo de IMC incompleto, o médico defende a avaliação do percentual de gordura corporal, que pode ser medido pela bioimpedância - ferramenta que mede a composição corporal mostrando a quantidade de água, músculo e gordura. “É um critério mais fidedigno e específico para classificar os pacientes que estão na obesidade e no sobrepeso”, pontua Gabriel.>
Segundo o médico, evidências mostram que mulheres com percentual de gordura maior ou igual a 35% e homens com taxas maiores ou iguais a 25% já se encontram na obesidade. “No fim das contas, o número na balança ou na calculadora de IMC não conta toda a história”, afirma.>