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Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 10:06
- Atualizado há 2 anos
O número de mortos na tragédia de Brumadinho subiu de 58 para 60, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Além disso, são 292 desaparecidos e 192 resgatados. Segundo as autoridades, já foram 382 localizadas pessoas.
Dos corpos, 19 já foram identificados. O número oficial de mortos conta os corpos que foram enviados ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. O número deve crescer no próximo boletim, de acordo como G1.
Segundo o porta-voz da Defesa Civil de MG, 135 pessoas estão desabrigadas. O delegado Alen Bahia, da Polícia Civil em Brumadinho, disse que a força está ajudando no resgate, na localização e liberação de corpos. Foi instaurado inquérito para investigar as causas do rompimento da barragem e possíveis culpados. O inquérito está em fase de apuração.
Flávio Godinho, representante da Defesa Civil mineira, disse a jornalistas que os números sobre as vítimas estão sendo centralizados para evitar a propagação de informações desencontradas, já que há diversos pontos de captação de informação. O representante da Defesa Civil afirmou, ainda, que o trabalho de busca foi retomado no início da manhã desta segunda-feira, 28.
O porta-voz dos Bombeiros de Minas Gerais, Pedro Aihara, disse também que o trabalho de busca por vítimas já está em coordenação com os homens enviados por Israel. Segundo o tenente, equipes brasileiras ficarão responsáveis pela busca de vítimas na região posterior ao pontilhão destruído pela lama e as equipes israelenses se concentrarão na área administrativa da Vale que ficava logo abaixo da barragem. As equipes de Israel usarão, segundo ele, sonares capazes de diferenciar a densidade da lama e de corpos.
Questionado sobre a chance de encontrar vítimas vivas, o tenente Aihara disse que a hipótese "é muito pequena considerando o tipo da tragédia". "Ainda assim, a gente trabalha com todas as possibilidades", afirmou.
Ônibus submerso Os bombeiros localizaram um segundo ônibus submerso em meio à lama de rejeitos. O acesso ao local, entretanto, ainda não é possível. “Não temos confirmação do número de mortos que vamos encontrar no interior desse veículo”, informou o porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara.
Segundo ele, uma vez que o acesso ao ônibus for aberto, as equipes precisam estabilizar o local com tapumes e fazer o escoramento correto para só então dar início à retirada das vítimas. “Se não, no momento em que a gente está acessando, pela própria característica da lama, às vezes, ela invade [o ônibus] e não possibilita o trabalho”, explicou. No último sábado (28), um primeiro ônibus foi encontrado soterrado na lama e sem sobreviventes.
Ajuda israelense De acordo com o tenente, militares israelenses que se juntaram às equipes de busca brasileiras devem se concentrar, num primeiro momento, na região próxima ao local onde ficava a área administrativa da Vale, atingida pelos rejeitos. Ele lembrou que a possibilidade de o refeitório da mineradora, entre outras estruturas, ter se deslocado quilômetros à frente é grande, em razão da força da lama. “Recebeu a onda de impacto mais forte”, disse.