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Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2019 às 19:54
- Atualizado há 2 anos
O número de mortos confirmados na tragédia de Brumadinho aumentou para 58 neste domingo (27). Até agora, 19 corpos já foram identificados pela autoridade. Segundo o balanço, 305 pessoas estão desaparecidas até o momento e 192 foram resgatadas com vida - nenhuma delas hoje Os números atualizados foram divulgados agora à noite em coletiva da Defesa Civil e dos Bombeiros.
Um segundo ônibus soterrado foi achado perto da área administrativa da Vale. Há mortos no ônibus, mas o número ainda não foi confirmado. Por conta disso, as buscas se estendem além do horário previsto para hoje - 20h de Brasília.
Os bombeiros ainda não chegaram até o refeitório da empresa, que possivelmente se deslocou em relação ao local original. Como o incidente aconteceu no horário de almoço, é possível que muitas pessoas estivessem lá dentro no momento do rompimento da barragem. Para os bombeiros, há chances de que alguns corpos não sejam encontrados. Eles ainda acreditam que é possível resgatar pessoas com vida.
Também foi informado que o Governo de Minas suspendeu o recebimento de donativos, agradecendo às pessoas que colaboraram, mas afirmando que o material já é suficiente para o socorro das pessoas afetadas.
Uma nova coletiva foi marcada para às 10h (de Brasília) desta segunda.
Quem são os mortos Mais três mortos na tragédia foram identificados - essa lista agora tem 19 nomes. Veja abaixo:Adriano Caldeira do Amaral Carlos Roberto Deusdeti Daniel Muniz Veloso David Marlon Gomes Santana Djener Paulo Las-Casas Melo Eliandro Batista de Passos Fabricio Henriques da Silva Flaviano Fialho Francis Marques da Silva Jonatas Lima Nascimento Leonardo Alves Diniz Marcelle Porto Cangussu Marcelo Alves de Oliveira Maurício Lauro de Lemos Moisés Moreira Sales Renato Rodrigues Maia Robson Máximo Gonçalves Wellington Campos Rodrigues Willian Jorge Felizardo Alves A médica Marcelle Porto Cangussu, 35 anos, foi a primeira a ser identificada. Ela fez aniversário na véspera da tragédia. Trabalhando na Vale desde 2016, não iria trabalhar na sexta, mas acabou chamada de última hora e foi. O corpo da médica foi sepultado neste domingo em Belo Horizonte. Médica morreu um dia após aniversário (Foto: Reprodução) Jonatas Lima Nascimento, de Congonhas, em Minas, tinha 36 anos e trabalhava na área de carregamento da Vale. Ele era casado e tinha um casal de filhos, de 11 e 5 anos. O corpo foi achado no caminhão usado por ele no trabalho. Jonatas Nascimento (Foto: Reprodução) Leonardo Alves Diniz, de Sarzedo, tinha 33 anos, era casado e pai de um garoto de 7 anos. Ele trabalhava na Vale há mais de 10 anos, atuando como técnico em manutenção. De folga, foi convocado para um plantão na sexta. O corpo de Leonardo foi sepultado no Cemitério Bom Jardim, na cidade de Mário Campos. Leonardo (Foto: Reprodução) Willian Jorge Felizardo Alves, de 36 anos, trabalhava na barragem da Vale. O corpo foi sepultado hoje no Cemitério da Paz. William (Foto: Reprodução) O analista de sistemas Wellington Campos Rodrigues, 53 anos, era funcionário terceirizado da Vale. Ele deixou três filhas, de 25, 20 e 13 anos. Wellington Campos (Foto: Reprodução) Adriano Caldeira do Amaral deixou esposa e dois filhos. A mulher, Ana Flavia, usou uma rede social para se despedir do marido."Meu amor, lembra da gente ainda bem jovem, eu e você, tantos sonhos, tantos planos. Começamos juntos de mãos dadas, descobrimos o mundo juntos, eu e você. Nos casamos, você preparou tudo, a nossa casa, nossa!!! E quando veio o nosso primeiro filho, Davi , o nosso presente de Deus... e que presente!!! Gostamos tanto que veio a Lis, nossa princesa. Nosso amor se multiplicou" escreveu . Adriano Caldeira (Foto: Reprodução) Daniel Muniz Veloso, 29 anos, trabalhava em uma terceirzada que presta serviço para a Vale. Casado, ele seria pai em breve - a mulher está grávida de 8 meses do primeiro filho do casal. A irmã, Deiviane, conta que Daniel temia que um acidente acontecesse em Brumadinho e esperava o nascimento do filho para pedir transferência para outro lugar. “Ele trabalhou nessa mesma empresa no Pará por cerca de 5 anos, e há 3 foi transferido para Brumadinho. Daniel sempre falava que tinha medo da barragem estourar e estava se planejando para retornar ao Pará”, disse ela ao G1, quando a morte dele ainda não havia sido confirmada. Daniel esperava nascimento do filho para pedir transferência (Foto: Reprodução)