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Novo laudo mostra que suspeita de envenenar crianças no Piauí pode ser inocente

Suspeita agora recai em padrasto da mãe das crianças, preso por novo envenenamento

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 09:11

Ulisses Gabriel e João Miguel
Ulisses Gabriel e João Miguel Crédito: Reprodução

Um novo laudo sugere que uma mulher, que está detida há cinco meses sob suspeita de matar dois irmãos de 7 e 8 anos em Parnaíba, Piauí, pode ser inocente. A perícia realizada nas frutas de caju, que as crianças teriam consumido antes de falecer, indicou a ausência de terbufós (substância tóxica comumente usada em inseticidas) nas frutas. As informações foram divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo.

O laudo foi concluído um dia após a prisão de Francisco de Assis da Costa, padrasto da mãe das crianças, como principal suspeito de envenenar um baião de dois consumido por ele e sua família em um almoço no início deste ano, o que resultou na morte de quatro pessoas.

Com a reabertura da investigação, as suspeitas sobre a morte dos dois irmãos de 7 e 8 anos também recaem sobre Francisco.

"O novo dado aponta que as crianças podem ter consumido outro tipo de alimento, além do caju. Não temos, ainda, uma evidência que o ligue diretamente ao crime, mas, diante da nova informação, é necessário reavaliar todas as circunstâncias", afirmou o promotor do caso.

Morreram no envenenamento do baião de dois Francisca Maria, enteada de Francisco e mãe dos irmãos mortos há 5 meses, e mais dois filhos dela. A outra vítima fatal é Manoel, também enteado de Francisco. O suspeito negou os crimes, mas confessou que tinha um relacionamento ruim e não gostava de Francisca Maria. 

"Quando eu passava por ela, eu sentia às vezes até nojo. Eu olhava pra ela assim, com um pouco de raiva assim, de rancor, com uma cara ruim às vezes", disse ele em depoimento antes de ser preso. Depois de ser detido, ele continuou falando mal dos enteados. "Era como se eu tivesse tentando civilizar uma gente, uma civilização de índio. Primata, sabe?".

Suspeita teve casa incendiada

Cinco meses atrás, quando os dois meninos morreram após comer cajus, a vizinha, Lucélia foi apontada como suspeita. Ela teria agido porque não gostava que eles pegassem as frutas do quintal dela.

Agora, com o resultado do laudo, o Ministério Público pediu revogação da prisão de Lucélia, que sempre negou o crime e chegou a ter a casa incendiada por pessoas revoltadas com as mortes.

"Foi uma coisa prematuramente lançada no Judiciário, sem as devidas confrontações, e isso se prova nos fatos novos, desencadeados a partir do dia primeiro de janeiro", afirma o advogado de Lucélia.

Envenenamento

Em agosto de 2024, os irmãos Ulisses Gabriel, de oito anos, e João Miguel, de sete, passaram mal e foram hospitalizados. Na época, acreditaram que eles tinham sintomas de envenenamento por terbufós. João Miguel ficou cinco dias internado antes de morrer, enquanto Ulisses faleceu depois de dois meses de internação.