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'Nenhuma Bíblia é vista e nenhum batom é visto' diz Moraes ao exibir imagens de ataque no 8 de janeiro

Ministro descreveu cena como "verdadeira guerra campal"

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 26 de março de 2025 às 11:18

Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes Crédito: Antonio Augusto/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (26) que os atos de 8 de janeiro de 2023 configuraram uma "verdadeira guerra campal", com materialidade criminal plenamente comprovada. Durante sessão da Primeira Turma, o relator do caso exibiu vídeos das invasões às sedes dos Três Poderes para rebater argumentos de que não houve violência.

"Nenhuma Bíblia é vista e nenhum batom é visto nesse momento", destacou Moraes, referindo-se às imagens que mostravam os ataques ao Congresso, Palácio do Planalto e STF. O ministro classificou como "absurdo" alegações de que não teria havido agressões ou danos materiais durante os episódios.

O julgamento analisa denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado "núcleo 1" da suposta tentativa de golpe, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados:

- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)

- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)

- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)

- Augusto Heleno (ex-GSI)

- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens)

- Paulo Sérgio Nogueira (ex-Defesa)

- Walter Braga Netto (ex-Casa Civil)

Os acusados respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado ao patrimônio público. Caso a denúncia seja acolhida, eles se tornarão réus em processo penal perante o STF.

A sessão ocorre dias após o ministro Luiz Fux pedir vista no julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, acusada de pichar "Perdeu, mané" na estátua "A Justiça" do STF. O caso integra a mesma investigação sobre os atos golpistas de 2023. Bolsonaristas têm usado o caso de Débora para dizer que há rigor da Justiça, afirmando que ela teria apenas usado um batom para pichar a estátua, sem cometer outros crimes. 

Hoje, Moraes ressaltou que as imagens exibidas comprovam a natureza violenta dos ataques, descartando versões que tentam minimizar os acontecimentos. A decisão da Primeira Turma definirá se o processo contra os acusados seguirá adiante.