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Mulher executada a tiros recebeu ordem de facção para deixar cidade por namorar policial

Crime aconteceu próximo a igreja e chocou moradores de cidade pequena

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 30 de março de 2025 às 08:11

Eva Coelho
Eva Coelho Crédito: Reprodução

Eva Coelho, 35 anos, tornou-se mais uma vítima da violência imposta por facções criminosas no interior do Ceará. A mãe de dois filhos foi executada com tiros na noite de quarta-feira (26) em Jijoca de Jericoacoara após desafiar uma ordem expressa de abandonar a cidade - punição imposta por supostamente manter relacionamentos com policiais militares da região.

O crime ocorreu em um restaurante próximo à Igreja Matriz de Santa Luzia, durante uma missa que reunia dezenas de fiéis. Testemunhas relatam que dois homens chegaram de motocicleta e confirmaram a identidade de Eva antes de efetuar pelo menos cinco disparos contra ela. O barulho dos tiros foi tão intenso que interrompeu a cerimônia religiosa, causando pânico entre os presentes.

Segundo investigações da Delegacia Municipal de Jijoca, Eva e uma amiga haviam recebido o ultimato dias antes, de acordo com a TV Verdes Mares. A facção criminosa que controla parte da região descobriu e condenou seus relacionamentos com policiais. Enquanto a amiga imediatamente deixou a cidade por medo, Eva decidiu permanecer.

"Eles ditam com quem podemos nos relacionar, onde podemos morar e até quem pode permanecer na cidade", denuncia um comerciante local que pediu anonimato por medo de represálias.

A execução ocorreu a poucos metros da igreja onde acontecia uma missa transmitida ao vivo. Nas gravações, é possível ouvir os disparos seguidos de gritos e correria. O padre Ribeiro, em meio ao caos, ordenou que as portas fossem fechadas para proteger os fiéis, muitos dos quais se jogaram no chão em pânico.

Eva, descrita por conhecidos como uma mulher alegre e trabalhadora, deixa dois filhos adolescentes. O vereador Daniel do Baixio, presidente da Câmara Municipal, emitiu nota lamentando a perda: "Eva era uma pessoa querida, mãe dedicada, e sua morte deixa um vazio em nossa comunidade".

O caso é investigado pela polícia. Moradores relatam um clima de medo crescente, com muitos temendo novas retaliações por qualquer desvio das "regras" impostas pelo crime organizado.