Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Estadão
Publicado em 13 de março de 2024 às 16:55
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) pediu, em agosto de 2022, a prisão de Paulo Sérgio de Lima e o seu retorno para o regime semiaberto após violações ao monitoramento eletrônico realizado por tornozeleira. O pedido foi reiterado duas vezes no mesmo ano e uma vez no ano seguinte, mas não obteve decisão da Justiça. Nesta terça-feira, 13, Lima foi preso após manter 16 passageiros como reféns em um ônibus na rodoviária da cidade, tendo ainda disparado contra um homem, que segue internado. >
Paulo Sérgio de Lima ingressou no sistema penitenciário em abril de 2019 com uma condenação de 9 anos e 4 meses em regime fechado por roubo majorado, quando o crime é praticado com mais integrantes ou uso de arma de fogo, por exemplo. Em outubro de 2020, ele recebeu a decisão favorável para progredir para o regime semiaberto. Em março de 2022, ele progrediu para o regime aberto, quando seguiu para casa com tornozeleira eletrônica.>
De acordo com o MP, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que o equipamento havia sido violado em junho de 2022. Em agosto, "em razão do descumprimento das condições do benefício", o Ministério Público pediu que a Vara de Execuções Penais expedisse um mandado de prisão contra o apenado e que ele regredisse ao regime semiaberto.>
Segundo o MP, o pedido foi reiterado em setembro e outubro daquele ano. Em março de 2023, após o apenado não ter sido encontrado para ser intimado, a Promotoria requereu novamente a revogação do benefício e regressão ao regime semiaberto. "A Promotoria de Justiça informa que na data de hoje, 12/03/2024, o Juízo determinou a regressão cautelar ao regime semiaberto", declarou em nota.>
A medida aconteceu só depois que Lima foi preso em flagrante pelo sequestro dos passageiros na rodoviária. Agora, ele deverá seguir preso também por força do crime mais recente.>
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) afirma que uma sindicância administrativa foi instaurada para apurar de forma específica as circunstâncias processuais e cartorárias dos fatos e as correspondentes responsabilidades diante das solicitações.>
É responsabilidade do detento manter o equipamento em condições de funcionamento que não impeçam o monitoramento; qualquer tipo de violação é imediatamente sinalizada e considerada uma falta grave podendo culminar na perda do direito e regressão de pena.>