Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2024 às 19:00
O motorista do Porsche 911 Carrera GTS que bateu na traseira de um Renault Sandero e matou o condutor de aplicativo Orlando da Silva Viana, de 52 anos, foi indiciado por homicídio doloso, lesão corporal e fuga.
Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, se apresentou na 30ª Delegacia de Polícia, no Tatuapé, na tarde desta segunda-feira (1º). Ele era procurado desde que deixou o local do acidente acompanhado pela mãe, na madrugada do último domingo (31).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) Fernando Sastre foi indiciado após prestar depoimento na delegacia. A Polícia Civil também pediu a prisão temporária dele.
"O autor do acidente compareceu na delegacia na tarde desta segunda-feira (1) e, após prestar depoimento, foi indiciado criminalmente por homicídio doloso, lesão corporal e fuga de local de acidente. A autoridade policial representou pela decretação da sua prisão temporária e aguarda a apreciação do Poder Judiciário. O caso segue em investigação pelo 30º DP. A Polícia Militar segue apurando a dinâmica da ocorrência para identificar eventual erro no procedimento operacional", disse a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em nota.
Relembre o caso
A batida aconteceu na madrugada de domingo (31), na Avenida Salim Farah Maluf, em Tatuapé, depois das 2h. Vídeos gravados por câmeras de segurança registraram o momento em que o Porsche atinge a traseira de um Renault Sandero.
O motorista Fernando Sastre fugiu do local. Testemunhas indicaram que ele estava dirigindo o carro em alta velocidade - a Avenida Salim Farah Maluf tem limite de velocidade de 50 km/h. Orlando, de 52 anos, chegou a ser atendido pelos Bombeiros, que o levaram para o Hospital Municipal do Tatuapé, mas não resistiu. Ele deixa dois filhos.
Orlando estava sozinho na Sandero. Já Fernando levava um amigo no Porsche. O rapaz ficou ferido e foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital São Luiz em Tatuapé. A mãe de Fernando, Daniela Andrade, disse aos policiais militares que atenderam a ocorrência que levaria o motorista para o Hospital São Luiz em Ibirapuera, porque ele estava ferimento levemente na boca.
Os PMs posteriormente foram até o hospital para ouvir o motorista e fazer bafômetro nele, mas não o encontraram, segundo informação do g1. A defesa de Fernando diz que ele está em "estado de choque" e não quis comentar mais detalhes do caso.
A PM agora vai apurar os detalhes da ida de Fernando ao hospital. "Que liberaram, é fato. Trataram, inicialmente, como vítima. Vamos analisar se houve alguma falha no procedimento operacional. É preciso analisar caso a caso, mas não é incomum liberar a vítima para ir por conta própria [a um hospital], caso ela tenha condições", explicou o coronel Emerson Massera, porta-voz da PM de São Paulo ao g1.
O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar) e lesão corporal culposa (não intencional) na direção de veículo automotor e fuga do local do acidente.