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Carol Neves
Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 12:01
As jovens Anna Clara Ramos Felipe e Ayla Pereira dos Santos, ambas de 18 anos, foram mortas em um suposto “tribunal do tráfico”, e suas mortes foram transmitidas por videochamada para o investigado por encomendar o crime. A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na Penitenciária Central do Estado (PCE) na terça-feira (18), onde o preso estava. Durante a operação, chips e celulares foram apreendidos, incluindo um celular que o delegado acredita ter sido usado para transmitir as mortes. >
Até o momento, três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento, e outro suspeito, contra o qual a prisão já foi decretada, segue foragido. O delegado Igor Sasaki afirmou que havia mais de uma pessoa na videochamada que assistiram desde a tortura até o momento da morte das vítimas. No entanto, ainda não é possível confirmar se essas outras pessoas também são mandantes do crime. “Na videochamada, tinha mais de uma pessoa, mas a gente ainda está realizando diligências para responsabilizar os outros que estavam nessa ligação”, explicou o delegado ao G1.>
As investigações revelaram que as vítimas tinham envolvimento com facções criminosas e que as mortes ocorreram a mando de uma organização criminosa, embora a motivação do crime ainda esteja sendo investigada.>
Os corpos das jovens foram encontrados em uma área de mata, no dia 29 de janeiro, após estarem desaparecidas desde o dia 28. Anna Clara e Ayla foram localizadas amordaçadas e com queimaduras em suas costas. O local do crime foi identificado graças à denúncia de uma mulher de 19 anos, que indicou onde estava ocorrendo o “tribunal do crime”. A jovem relatou que viu as duas vítimas amarradas e, após serem mortas, os corpos foram levados para uma região de pasto.>
Na casa onde as vítimas estavam, foram encontrados vestígios de tortura, como uma barra de ferro, além de uma grande quantidade de maconha, uma pá, uma picareta e uma escavadeira. Além da jovem de 19 anos que fez a denúncia, outra mulher e um homem de 34 anos também foram presos, sendo autuados por ocultação de cadáver.>
O caso segue sob investigação pela Polícia Civil.>