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Morre Piruinha, bicheiro mais velho da antiga cúpula do jogo no Rio, aos 94 anos

Piruinha participou da série "Vale o que está escrito", do Globoplay, que mostrou a história e bastidores da contravenção no Rio

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 21:47

 José Caruzzo Escafura, o Piruinha,
José Caruzzo Escafura, o Piruinha Crédito: Reprodução

O bicheiro José Caruzzo Escafura, o Piruinha, morreu nesta quarta-feira (22), no Rio de Janeiro, aos 94 anos. O contraventor era o mais velho da antiga cúpula do jogo no Rio. A informação da morte foi confirmada à TV Globo por um dos filhos do bicheiro.

Segundo amigos da família, ele chegou a ser levado para um hospital depois de passar mal. Foi liberado, voltou para casa, mas não resistiu.

Piruinha participou da série "Vale o que está escrito", do Globoplay, que mostrou a história e bastidores da contravenção no Rio. No documentário, ele mostra orgulho por ser contraventor, por ser mulherengo e pai de 19 filhos.

Antes de ingressar no jogo do bicho, Escafura foi motorista de lotação, na década de 1950. Depois, passou a gerenciar as bancas da região da Piedade, Abolição e Inhaúma, região onde exerceu bastante influência no auge do jogo – e onde morou até a morte.

Desde a década de 1970, quando o Rio era dividido territorialmente entre os principais banqueiros de bicho da cidade, Piruinha controlava o jogo nas regiões de Madureira, Cascadura, Abolição, Piedade, Inhaúma e Maria da Graça.

Estava entre os 14 banqueiros presos e condenados pela juíza Denise Frossard, da 14ª Vara Criminal, em 1993, por formação de quadrilha ou bando armado. Piruinha e os outros bicheiros receberam a pena máxima de seis anos de detenção.

Nesse mesmo processo, os bicheiros respondiam por tráfico de drogas e tortura. Mas nas alegações finais do julgamento o promotor pediu a exclusão desses crimes, por falta de provas.

A sentença, no entanto, foi modificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reduziu a pena para a metade. Por meio de recursos, advogados conseguiram excluir o crime de bando armado. Quase cinco anos depois, todos já estavam soltos.

No ano passado, Piruinha foi julgado pela abusação de ser mandante da morte do comerciante de carros Natalino José do Nascimento Espínola. Acabou absolvido. Antes, chegou a ficar preso por dois anos. Após sofrer uma queda na cadeia, foi para prisão domiciliar.