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Morre no hospital criança vítima de envenenamento em almoço no Piauí

Laudo confirmou que havia substância usada no chumbinho no arroz consumido pela família

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 08:54

Arroz consumido por fam~ilia estava
Arroz consumido por fam~ilia estava Crédito: Reprodução

A terceira vítima de um envenenamento no Piauí morreu na madrugada desta segunda-feira (6)), no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A criança de 3 anos estava no local desde que foi transferida de Parnaíba para a capital do estado. Já haviam morrido um jovem de 18 anos e uma outra criança.

De acordo com a TV Globo, um laudo confirmou que havia chumbinho no arroz que a família consumiu no primeiro almoço do ano em Parnaíba, litoral do Piauí. Agora, a polícia investiga quem envenenou o alimento. Os mortos foram identificados como Manuel dos Santos, de 18 anos, Igno Davi da Silva, de 1 ano e oito meses e Laune da Silva, de 3.  Outras quatro pessoas que comeram o almoço tiveram complicações leves.

"Terminaram de comer e meu menino já começou a passar mal, e aí foi um atrás do outro, não sabia o que fazia. Se acudia um ou se acudia o outro”, disse ao Fantástico Maria dos Aflitos da Silva, mãe e avó de vítimas. "A gente fez o arroz, quem fez foi eu. A gente fez o feijão tropeiro, fiz o baião, todo mundo jantou, ninguém passou mal, nada. Todo mundo normal", lembrou. A refeição incluía peixe que havia sido doado.

A Polícia Civil, com base em laudos periciais, confirmou a presença da substância terbufos no arroz consumido - uma substância extremamente tóxica que é usada na fabricação de pesticidas e agrotóxicos e também presente no chumbinho.

A Polícia Civil agora busca identificar quem inseriu a substância no arroz. Não está descartada a possível participação de algum membro da família, considerando que o veneno teria sido adicionado durante a preparação do almoço.

"Alguém colocou a substância no arroz no dia primeiro. A gente entende que houve uma intenção de colocar essa substância na comida deles e a gente vai partir pra uma investigação de homicídio, descartando morte natural ou acidental", diz o delegado Abimael Silva.

Outras mortes

Em agosto de 2023, dois meninos de 8 e 7 anos, filhos de Francisca Maria, morreram após comerem cajus envenenados. Na época, a investigação apontou como responsável pelo crime Lucélia Maria Gonçalves, uma vizinha irritada porque os garotos tinham costume de invadir o quintal da casa dela para roubar frutas.