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Estadão
Publicado em 19 de março de 2025 às 09:22
O ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, morreu aos 90 anos na capital paulista na madrugada desta quarta-feira, 19. A causa da morte não foi divulgada pela família. O velório será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), das 10h30 às 15h desta quarta. O enterro ocorrerá em seguida, às 16h, no Cemitério do Araçá. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lamentou a morte em nota oficial e decretou luto no Estado de três dias. >
Natural da cidade de São Paulo, Lembo formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e obteve o doutorado na área pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição pela qual foi professor, diretor (1974-1975) e reitor (1997-2002).>
Sua primeira experiência política foi em 1975, quando assumiu uma secretaria do então prefeito de São Paulo Olavo Setúbal. Setúbal era presidente do banco Itaú e Lembo, diretor da instituição.>
Em 1978, candidatou-se ao Senado pela Arena, partido de sustentação à ditadura militar. Perdeu a disputa para Franco Montoro, do MDB. Dois anos depois, viria a romper com o regime e aderiu ao MDB. Em 1985, foi um dos fundadores do Partido da Frente Liberal (PFL), sigla pela qual permaneceria filiado até 2011.>
Lembo também foi secretário municipal de São Paulo durante o segundo mandato de Jânio Quadros (1985-88). Na eleição de 1989, candidatou-se a vice-presidente na chapa de Aureliano Chaves (PFL). No segundo turno, declarou apoio a Fernando Collor.>
Em 2002, elegeu-se vice-governador de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB). Em março de 2006, quando o tucano renunciou ao cargo para disputar a presidência nas eleições de outubro, Lembo assumiu o governo do Estado. Esteve à frente do cargo durante o "Salve Geral", onda de violência provocada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado de São Paulo em maio daquele ano. Transmitiu o cargo a José Serra (PSDB) em janeiro de 2007.>