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Da Redação
Publicado em 28 de março de 2020 às 15:08
- Atualizado há 2 anos
O Ministério da Saúde enviou, na manhã deste sábado (28), um documento aos estados com um plano de transição à quarentena, adotada para ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus. A proposta prevê que escolas e universidades sigam fechadas até o fim de abril, com possibilidade de extensão para o mês de maio.
O planejamento também sugere que pessoas do grupo de risco, incluindo idosos, fiquem afastadas de atividades sociais e trabalho por três meses. Há ainda outras medidas de isolamento para o resto da população, como veto a cinemas, eventos e cultos e incentivo ao home office.
O plano, enviado aos secretários de saúde, ainda prevê outras ações. Para bares e restaurantes, por exemplo, a sugestão é reduzir em 50% a capacidade instalada e reforço de ações de prevenção.
Aos trabalhadores informais, o documento traz a proposta que sejam contratados como uma espécie de "promotores de saúde" durante o período de emergência. Assim, eles teriam funções como orientações à população nas ruas e identificar idosos e enviá-los às suas casas.
A proposta do plano é dar aos estados estratégias de transição para a quarentena. Porém, não esclarece se aqueles que já adotaram medidas mais restritivas teriam que flexibilizá-las.
Na manhã deste sábado (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convocou ministros para uma reunião no Palácio da Alvorada. Bolsonaro tem defendido o isolamento vertical - ou seja, aquele que mantém em restrição social apenas pessoas acima de 60 anos e grupos de risco. O presidente também quer liberar todas as atividades comerciais, além de igrejas e templos.
O projeto do Ministério da Saúde se alinharia, em partes, às ideias de Bolsonaro, como a abertura de bares em metade da capacidade e ao frisar o afastamento de idosos. Por outro lado, ao indicar o home office e vetar cinemas, eventos e cultos, endossam ações já realizadas em outros locais, como Salvador.
Segundo o documento, a previsão é que o plano seja anunciado oficialmente antes da Páscoa, a partir de 6 de abril, para evitar aglomerações.