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Militares cogitaram envenenar Lula e usar explosivos para matar Alexandre de Moraes, diz PF

Policial e quatro membros do Exército ligados às forças especiais foram presos nesta terça-feira (19)

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 10:34

Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil Justiça

O grupo militar que planejava matar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin também cogitou tirar a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo uma investigação da Polícia Federal (PF), entre as ideias discutidas estava envenenar ou usar artefato explosivo para assassinar as autoridades. 

"Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico", diz um trecho do documento policial que detalha a investigação do atentado. As informações foram divulgadas pelo g1 nacional. 

O atentado contra Moraes seria em um evento público. "Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de ‘captura’ seria alta e que a chance de baixa [termo relacionado a morte no contexto militar] seria alto", afirma a corporação. 

Foram presos nesta terça-feira (19) um policial e quatro membros do Exército ligados às forças especiais por suposto envolvimento na ação golpista. Eles estariam monitorando as atividades das autoridades públicas desde novembro de 2022 e o objetivo principal era evitar que o presidente Lula tomasse posse.

A primeira reunião foi na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro na chapa de reeleição, diz a PF.

Os envolvidos foram identificados como Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira e Wladimir Matos Soares, policial federal. Os militares foram presos no Rio de Janeiro, onde participavam da missão de segurança da reunião de líderes do G20.