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Da Redação
Publicado em 21 de março de 2024 às 12:54
Uma garota de 12 anos sofreu um ataque racista na escola, no interior de São Paulo, segundo denúncia da mãe da garota, uma mulher de 43 anos. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Novo Horizonte no último dia 11.
Segundo a denúncia, os colegas do ensino fundamental da menina jogaram terra e fezes de gato no uniforme da garota. Ela foi também chamada de "macaca", "cabelo de bombril" e "capacete de astronauta", jogada no chão e pisoteada.
"Ela chorava muito. Não quero que nunca mais que alguma criança sinta o que a minha sentiu. Para que nunca mais uma mãe chore que nem eu chorei de dor ao ver minha filha na situação que eu vi. Quero justiça", disse a mãe em entrevista ao G1.
A criança lamenta o que aconteceu com ela. "Eu me sinto triste. Minha cor e meu cabelo. Isso dói muito. Eles me xingaram, me humilharam, me chamaram de 'macaca'", lembra. Ela disse à polícia que essa foi a terceira vez que sofreu um ataque racista na escola.
A menina passou por exame de corpo de delito. A Justiça concedeu uma medida protetiva que determina que os envolvidos não se aproximem da garota, tendo que manter pelo menos 100 metros de distância dela. Como estudam na mesma escola, preservar essa distância durante o período letivo não deve ser possível. "Mas precisa da supervisão da unidade para que não aconteça de novo. Agora, fora da escola, caso eles descumpram, os agressores são enviados para a Fundação Casa", disse a advogada da família, Kelly Ranolfi.
Em nota, a escola Hebe de Almeida Leite Cardoso negou que se trate de um caso de racismo, afirmando que está ouvindo testemunhas e coletando documentos para apurar o caso.