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Menina chamada de 'macaca preta' evitava ir para a escola: 'Me tranquei e chorei'

Caso aconteceu no Rio de Janeiro

  • D
  • Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2023 às 16:05

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Google Street View

Moradora do Rio de Janeiro, a jovem Gabriela Vitória da Silva, de 7 anos, perdeu o interesse de ir para a escola. Tudo aconteceu após um colega de sala, da mesma idade dela, começar a chamá-la de "macaca preta".

"Me senti triste e desinteressada (das aulas). Me tranquei no banheiro e chorei", relatou, em entrevista ao Extra, a aluna do 2° ano do ensino fundamental.

Glaucia da Silva, mãe da menina, só tomou conhecimento do racismo sofrido pela filha há 10 dias, na mesma época que a direção da escola foi informada sobre o caso.

"Ela andava muito triste e chorava quando começava a se arrumar para ir à escola. Nessas horas inventava sempre uma desculpa pra ficar em casa. Um dia dizia que era dor de barriga e no outro pedia simplesmente para ficar em casa. Ela deu vários sinais. Eu é que demorei a perceber", lamentou.

Assim que soube, a mãe, que tem 40 anos, procurou a professora, que respondeu com um áudio longo, que ela não teve paciência para ouvir até o fim, e por meio de uma mensagem de texto que a deixou ainda mais irritada. 

"Imagino a sua dor, inclusive semana passada falei superficialmente sobre a história do Brasil e que nós não somos um povo puro, mas de sangue misturado. Pois uns são de pele mais escura, outros são com a cor mais clara. Eu chamei a atenção dele! Eu falei com ele por que ele estava fazendo isso? Que cor ele tem? Pra ficar chamando a Gabriela de Macaco ou Preta. Eu falei: 'Você é um pouco mais claro que Gabriela. Por que faz isso?'”. Para Glaucia, a fala da professora também foi racista.

"Quer dizer que se o menino fosse branco ele poderia falar aquilo?", questionou em entrevista à publicação.

Glaucia também foi conversar com o diretor, que prometeu mudar a menina de turma e de professora. 

A mãe disse que não ficou chateada com a criança que ofendeu sua filha, por acreditar que na verdade se trata de uma vítima de uma educação preconceituosa que recebeu em casa. Também não pretende tomar nenhuma medida judicial contra a professora ou a escola. Quer apenas dar bastante publicidade ao caso, para que outras crianças não passem pelo mesmo que a sua filha.

"Nunca achei que uma situação de racismo fosse chegar tão cedo na vida da minha filha. Eu mesma só fui passar por isso recentemente, com quase 40 anos, porque não dava muita abertura para esse tipo de coisa acontecer comigo", disse.