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Da Redação
Publicado em 28 de março de 2024 às 20:01
A plantonista que negou a internação da grávida que deu à luz no chão da recepção de uma maternidade em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi demitida. Segundo a Prefeitura, vai ser aberta uma sindicância para apurar melhor os fatos. As informações são do jornal Extra.>
Queli Santos Adorno, de 35 anos, mãe de quarta viagem, deu entrada no local às 22h, para ter o caçula, um menino chamado Azafe. No primeiro atendimento, realizado por outra médica, ela foi alertada de que poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento e, por isso, deveria aguardar no local.>
“A primeira médica teve um ótimo atendimento, atendeu super bem a minha irmã. Ela pediu ‘não vai para casa, pode ser que você evolua rápido, e essa criança pode nascer lá’”, disse a irmã de Queli, Carine Santos Adorno, ao RJTV, da TV Globo.>
As contrações foram aumentando e, depois de seis horas, ela passou por uma terceira análise clínica, desta vez com outra médica. Um documento escrito à mão e com o carimbo de Sheila Peixoto Atthie Maia mostra que a mesma mandou Queli retornar para casa. E registrou, ainda, a recusa de Queli.>
“Ela foi muito grossa com a minha irmã, a tratou com deboche. Ela falou ‘Você não deveria nem estar aqui, você deveria estar em casa, porque você está treinando’. Aí, minha irmã falou: ‘Essa aqui é minha quarta gestação, eu não estou treinando, essa criança vai nascer, doutora, eu não posso ir para casa’. E minha irmã se recusou a ir embora”, afirmou Carine.>
Diante da não-internação, o bebê nasceu na recepção da maternidade, às 6h. A mãe e a criança foram amparados pela primeira médica, que voltava do descanso. Mas ela estava sem as luvas e o equipamento necessário.>
“Eu falei, eu falei. Doutora negligente, eu falei. Disse tanto e ela não acreditou em mim”, disse Queli em prantos, deitada no chão e com o filho recém-nascido sob seus peitos.>
Ela continua internada porque está com pressão alta. Os irmãos foram à delegacia, mas disseram que os policiais se recusaram a registrar o caso. Mesmo assim, a família contratou uma advogada. E vai cobrar justiça.>
A Polícia Civil afirmou que está apurando a denúncia sobre a recusa do registro na delegacia.>