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Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2020 às 17:30
- Atualizado há 2 anos
Sem concorrer às eleições, o servidor público federal Josué de Oliveira Moreira foi nomeado reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) na última sexta-feira (17), após a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União. A portaria nº 405, com nomeação do reitor temporário, é assinada pelo ministro da educação Abraham Weintraub.>
As eleições do IFRN aconteceram em dezembro do ano passado, sendo disputadas por quatro candidayos. No dia 4, o professor José Arnóbio de Araújo Filho foi eleito reitor após ter 48,25% dos votos válidos. A posse aconteceria nesta segunda-feira (20).>
Em segundo lugar ficou Wyllys Abel Farkatt Tabosa - reitor da gestão passada - com 42,26%. Disputaram as eleições ainda outros dois candidatos: José Ribeiro de Souza Filho e Ambrósio Silva de Araújo.>
Nomeado novo reitor pelo MEC, Josué Moreira é médico veterinário e professor do IFRN no campus Ipanguaçu. Ele também foi candidato à Prefeitura de Mossoró em 2016 pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC) e teve 1,04% dos votos válidos: 1.370 ao todo. Em 2018, Josué se filiou ao Partido Social Liberal (PSL), a então sigla do presidente da República Jair Bolsonaro.>
Em nota, Josué Moreira disse não se incomodar com a nomeação "sem ter participado do processo de consulta à comunidade do IFRN, vez que, a lei que institui as referidas consultas, também prevê a figura do reitor pro tempore". Servidor do IFRN há 11 anos, ele se mostrou "honrado" com a nomeação. "Tenho muito a contribuir para a continuidade dos trabalhos do IFRN", encerra no comunicado.>
Candidato eleito no pleito, José Arnóbio de Araújo Filho considerou a ação "descabida" por parte do MEC. Ele explicou que os documentos para a nomeação haviam sido enviados ainda em janeiro e que o processo ficou lento desde então. "Para a nossa surpresa, hoje (segunda-feira) pela manhã eu vejo que o reitor eleito não ia tomar posse e que eles iam colocar um interventor à frente da instituição", falou. José Arnóbio reforçou ainda que vai procurar a Justiça.>