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Carol Neves
Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 11:09
A ação deflagrada em Santa Catarina, que resultou na prisão da influenciadora Ianka Cristini e de seu marido, Bruno Martins, por envolvimento em fraudes relacionadas ao "Jogo do Tigrinho", também visa os patrimônios dos dois. A Operação Lance Final, realizada na terça-feira (14), bloqueou o acesso dos suspeitos a bens de luxo, incluindo carros, imóveis e ativos financeiros.
No total, a operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva. Além do casal, uma assessora de Ianka também foi presa. A informação foi divulgada pela colunista Dagmara Spautz, do NSC.
Os bens alvos da ação incluem:
Além do bloqueio desses bens, a Justiça determinou o bloqueio das redes sociais dos investigados - Ianka tem mais de 15 milhões de seguidores em dois perfis.
A operação foi realizada em várias cidades, incluindo Brusque e Balneário Camboriú, em Santa Catarina, São Paulo (capital e Embu das Artes), além de João Pessoa, na Paraíba. A medida de indisponibilidade dos bens foi determinada pela Vara Regional de Garantias de Itajaí, após solicitação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Não foi esclarecido se os bens pertencem exclusivamente ao casal, à assessora ou a outros investigados.
O Ministério Público informou que a indisponibilidade dos bens visa garantir que, caso seja necessário, as vítimas possam ser indenizadas, além de possibilitar a identificação de recursos provenientes de atividades ilícitas. Os bens bloqueados seguem sob a posse dos investigados durante o processo.
A defesa dos envolvidos afirmou que ainda não teve acesso completo à investigação e que se manifestará assim que tiver conhecimento total sobre os detalhes do caso.
Operação
A Operação Lance Final, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), prendeu a influenciadora Ianka Cristini, seu marido Bruno Martins e uma assessora, por envolvimento em um esquema de fraude relacionado ao "Jogo do Tigrinho". A ação contou com o apoio da Secretaria da Fazenda e da Polícia Científica de Santa Catarina.
O esquema consistia em simular ganhos exorbitantes por meio de uma versão falsa do jogo de azar, o "Jogo do Tigrinho", com o objetivo de atrair seguidores para se cadastrarem e fazerem apostas. Os investigados lucravam com as inscrições e com uma porcentagem do valor apostado, gerando vantagens indevidas a partir das perdas dos participantes.
Ianka Cristini se apresenta nas redes sociais como multimilionária, empresária e mãe aos 28 anos, e costuma compartilhar a rotina familiar. O casal usava suas redes para exibir viagens internacionais e promover jogos de azar, com Ianka oferecendo um curso on-line que, segundo ela, possibilitava ganhos sem sair de casa.