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Carol Neves
Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 10:06
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, elaborou uma estratégia nas redes sociais para utilizar a controvérsia envolvendo o Pix como uma forma de enfraquecer o governo Lula. A informação é de O Globo.
Parte dessa estratégia incluiu um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que abordava o anúncio do governo de monitorar transações via Pix acima de R$ 5 mil. Essa ação foi planejada pela liderança do partido em conjunto com o marqueteiro Duda Lima.
Duda foi responsável por sugerir aos líderes do PL um roteiro para questionar a medida do governo. Entre as estratégias, ele sugeriu destacar a possibilidade de que a ação pudesse resultar em uma futura tributação, o que afetaria principalmente empreendedores individuais e trabalhadores informais – um grupo de eleitores que, em grande parte, apoiou Bolsonaro.
Embora Nikolas Ferreira não tenha afirmado diretamente que o Pix seria taxado, ele explorou a polêmica gerada pelos rumores nas redes sociais para criticar a decisão do governo Lula.
Medida impopular foi revogada
Após a repercussão negativa e a disseminação de notícias falsas sobre a cobrança de impostos nas transações, o governo federal revogou a norma da Receita Federal que previa o monitoramento de movimentações financeiras, incluindo o Pix, cartões de crédito e carteiras digitais, para transações acima de R$ 5 mil por mês. A medida havia entrado em vigor em 1º de janeiro.
A norma revogada afetava não apenas o Pix, mas também outras formas de transferência de recursos, como cartões de crédito e carteiras digitais. Antes, apenas bancos tradicionais eram obrigados a informar dados de transações. A medida gerou uma onda de fake news, disseminadas por líderes políticos e religiosos, além de golpistas que tentaram aproveitar a situação para aplicar golpes em usuários do Pix.