Marinha pede à Justiça para usar carro de luxo da família de Marcola

A Marinha do Brasil solicitou à Justiça do Ceará o uso de um carro de luxo apreendido na Operação Primma Migratio, realizada pela Polícia Federal em 2024. O veículo, uma Toyota Hilux, foi confiscado no contexto de investigações sobre o envolvimento da facção PCC no jogo do bicho e lavagem de dinheiro, e seria da família de Marcola, líder do grupo criminoso. O pedido, feito pela Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará, justifica a solicitação devido à carência de veículos para apoiar suas atividades administrativas. As informações são do Diário do Nordeste.

Em relação ao pedido, o documento enviado à Justiça solicita que o veículo apreendido seja destinado à Marinha, sem custos, para ser utilizado nas missões da escola militar. Outros veículos, também relacionados ao esquema criminoso, já foram liberados para compor a frota da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), conforme determinação judicial.

A operação, que visava desarticular a estrutura logística do PCC no Ceará e outros estados, resultou na apreensão de 42 veículos e no cumprimento de mandados de prisão e busca. A facção, comandada por Marcola e seus familiares, estava envolvida em jogos de azar e lavagem de dinheiro, com ramificações em diversos estados, incluindo a utilização de uma loteria em Fortaleza.

A operação também revelou a participação de Francisca Alves da Silva, esposa de 'Marcolinha' e cunhada de 'Marcola', que continuou a comandar a facção no Ceará, além de outros membros da quadrilha, como Geomá Pereira de Almeida e Menesclau de Araújo Souza Júnior, responsáveis pela estrutura do jogo do bicho e a lavagem de dinheiro.

Marcola está preso em uma penitenciária federal há mais de 20 anos, condenado por vários crimes.