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Carol Neves
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 10:45
A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (18), Suedna Barbosa Carneiro, de 41 anos, conhecida como "mainha do crime", apontada como chefe de uma quadrilha responsável por diversos crimes na Zona Sul de São Paulo, incluindo o assassinato do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos. O crime ocorreu na última quinta-feira (13), em frente ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, durante um assalto. As informações são do G1.>
O secretário da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite, revelou que, embora a mulher tenha sido detida em Paraisópolis, na Zona Sul, a polícia ainda não conseguiu identificar os dois homens que atiraram em Medrado. Durante a prisão, foram apreendidos documentos e armas na casa de Suedna, que agora serão analisados para verificar se há ligação com o assalto ao ciclista.>
Derrite afirmou que Suedna facilitava a atuação de criminosos em São Paulo, financiando ladrões não apenas no Itaim Bibi, mas também em outras áreas da cidade. Ela teria financiado os criminosos responsáveis pela morte de Medrado e por outros assaltos na região. Durante a operação, foram apreendidos três armamentos, celulares e "bags" usadas por criminosos que se passam por falsos entregadores de aplicativos.>
Crime>
Vitor Medrado, ciclista experiente e influente no cenário de ciclismo, foi morto enquanto estava parado em sua bicicleta em frente ao Parque do Povo, por volta das 6h da manhã da quinta-feira (13). Ele mexia no celular quando foi abordado por dois criminosos em uma moto. O garupa disparou contra ele sem que Medrado reagisse, e depois pegou o celular da vítima do chão. Medrado foi levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. A dupla de criminosos fugiu e ainda não foi localizada. A Polícia Civil suspeita que o atirador tenha sido o mesmo que tentou roubar um motociclista no bairro Brooklin horas depois, também disparando contra a vítima.>
O corpo de Vitor Medrado foi enterrado em Belo Horizonte no sábado (15), sua cidade natal. Amigos, familiares e ativistas do ciclismo se reuniram no dia seguinte em um protesto silencioso no local do crime, expressando sua revolta com a falta de segurança. A esposa de Medrado, Jaquelini Santos, afirmou em entrevista que o marido já se preocupava com a segurança na região e, emocionada, lamentou a perda, confiando que "a Justiça Divina" fará com que os responsáveis sejam punidos.>