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Millena Marques
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 11:26
A Polícia Federal fechou o cerco sobre um esquema criminoso atribuído a uma máfia chinesa no centro de compras do Brás, em São Paulo. A movimentação de R$ 144 milhões nas contas de uma loja de roupas situada na Galeria Pagé era o que faltava para a PF concluir a investigação. As informações são do Metrópoles. >
As investigações começaram após a empresa Ouro Preto Roupas e Acessórios receber repasses de R4 250 mil de contas suspeitas de serem exploradas para golpes virtuais. A unidade pertence ao chinês Lingbin Xia. Segundo a Polícia Federal, ele não declarou nenhum ganho capital, estoque ou rendimentos pagos a sócios entre 2021 e 2022. Também não foi localizado nenhuma nota fiscal, nem pagamentos via cartão de crédito. >
A Ouro Preto é uma entre as 11 empresas usadas para lavagem de dinheiro. O esquema ainda inclui estelionato, comércio ilegal de armas e falsificação de produtos. Os valores usados como golpe virtual formaram um ‘banco paralelo’, responsável por transferir mais da metade dos valores para seis empresas. A JKL Comércio de Roupas recebeu cerca de R$ 150 mil contas suspeitas. >
De acordo com a PF, as duas empresas trocaram transações entre si. Ao todo, foram transferidos R$ 5,1 milhões da Ouro Preto para a JKL entre janeiro de 2022 e junho de 2023. A Polícia Federal encontrou centenas de comprovantes via aplicativo WeChat, uma plataforma similar ao WhatsApp utilizada por chineses. Parte das empresas envolvidas no esquema tinha como endereço oficial o Brás. No entanto, algumas só existem no papel. >
Maquininhas >
A Polícia Federal iniciou a investigação após uma denúncia da Stone, empresa de maquininhas que detectou comportamento suspeito em movimentações gigantescas. Uma conta investigada, aliás, fez 1.336 operações e movimentou R$ 284 mil em apenas dois dias. Outra pessoa, apontada como laranja, movimentou R$ 1,8 milhão. >