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Carol Neves
Publicado em 12 de março de 2025 às 08:05
Um acidente grave envolvendo um ralo na piscina deixou a empresária Flaviane Dias Cumerlato, 33 anos, com fratura na cervical e em processo de recuperação. O caso ocorreu durante um período de descanso em família em uma casa alugada em Capão da Canoa, no litoral do Rio Grande do Sul. >
Flaviane, moradora de Canela (RS), estava com o marido e os quatro filhos quando decidiu entrar na piscina no fim da tarde de 1º de fevereiro. Poucos minutos depois, ao inclinar a cabeça para trás para molhar o cabelo, os fios foram sugados por um ralo da piscina. “Fui puxada com uma força surreal. Me desesperei, pois estava sozinha e ninguém me veria afogando”, relatou a empresária ao Uol.>
O marido percebeu a situação e, sem saber como desligar a bomba, conseguiu libertar Flaviane puxando-a para fora da água. “No desespero, ele só conseguiu me agarrar e me tirar dali”, contou. Após o resgate, Flaviane não conseguia mexer o corpo e foi levada ao hospital de Capão da Canoa, onde exames detectaram fraturas nas vértebras C6 e C7 da cervical. >
Risco de tetraplegia e cirurgia de emergência>
Os médicos alertaram sobre o risco de tetraplegia devido à proximidade da lesão com a medula espinhal. Flaviane foi transferida para Porto Alegre, onde passou por uma cirurgia no dia 7 de fevereiro. Pinos foram colocados para estabilizar a vértebra, e o procedimento foi bem-sucedido. “Voltei a mexer o braço logo que acordei da cirurgia. Foi emocionante saber que não perderia os movimentos”, lembra. >
Apesar da recuperação dos movimentos, a empresária ainda não recuperou a sensibilidade nos dedos da mão direita. Ela segue em tratamento, com sessões de fisioterapia duas vezes por semana e repouso por mais um mês. >
Alerta>
Flaviane destacou a importância de compartilhar sua experiência para alertar outros sobre os riscos em piscinas. “Pensar nos meus filhos foi o que me deu forças para suportar tanta dor. Quero que meu relato sirva para evitar que isso aconteça com outras pessoas”, afirmou. >
Desde 2022, uma lei federal obriga o uso de dispositivos de segurança, como ralos antiaprisionamento, em piscinas para evitar acidentes por sucção. >