Mãe acusada de matar filhas gêmeas testou envenenamento com gatos da família, suspeita polícia

Meninas de 6 anos morreram em intervalo de oito dias, no interior do Rio Grande do Sul

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Publicado em 18 de outubro de 2024 às 13:36

Manoela e Antonia morreram com oito dias de intervalo uma da outra
Manoela e Antonia morreram com oito dias de intervalo uma da outra Crédito: Reprodução

Uma mãe é suspeita de matar as filhas gêmeas envenenadas em Igrejinha, a 90 km de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela está presa temporariamente sob suspeita pelo crime, que a polícia acredita que foi premeditado. Três meses antes, Gisele Beatriz Dias, 42 anos, testou o envenenamento em animais domésticos, já planejando o crime, segundo a Polícia Civil. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.

As meninas de 6 anos morreram envenenadas com um intervalo de oito dias. Manoela morreu no dia 7 de outubro e Antonia faleceu na terça-feira dessa semana (15). Nenhum sinal de violência foi encontrado, mas as duas tinham quadro similares e sofreram parada cardiorrespiratória. A perícia ainda vai determinar exatamente o que causou a morte das duas. Policiais avaliam itens encontrados na casa da família, incluindo alimentos, em busca de algo que possa ter sido envenenado. 

Antes de ser presa, a suspeita negou que tenha matado as filhas. Ela sustenta que as duas meninas estavam deitadas na cama quando começaram a passar mal. Ela não prestou depoimento formal ainda. Já o pai das meninas já foi ouvido e não é considerado suspeito. Ele não estava em casa quando o crime aconteceu.

A irmã mais velha das gêmeas, que tem 19 anos, também foi ouvida. Ela afirmou que a mãe já havia usado medicamento na comida do pai para que ele dormisse depois de brigas. Três gatos da família, que eram das gêmeas, apareceram mortos na casa nas semanas anteriores ao crime.

A mulher tinha ainda um outro filho, único homem, que morreu há cerca de dois anos. Acredita-se que após essa morte Gisele tenha passado a exibir um comportamento errático e com ideação suicida.

Esse ano, ela teve um quadro de delírio e chegou a ficar 40 dias internada em uma clínica psiquiátrica. Ela voltou para a casa cerca de duas semanas antes da morte das gêmeas.

Gisele estava morando em Taquara, também no Rio Grande do Sul, com os pais. O marido, que tinha guarda das filhas desde que elas foram deixadas em um orfanato, morava com elas em Igrejinha. A mãe chegou a acusar o pai de abusar das meninas para reverter a decisão da guarda. Um laudo pericial atestou inocência do pai.