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Lula reage a Trump: 'Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos'

Presidente dos EUA anunciou intenção de assumir controle da Faixa de Gaza

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 08:53

Lula
Lula Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, nesta quarta-feira (5), sobre o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o controle da Faixa de Gaza, classificando-o como "praticamente incompreensível". Em entrevista a rádios de Minas Gerais, Lula questionou a lógica por trás da proposta, destacando que os EUA, ao longo dos anos, incentivaram as ações de Israel na região. "Não faz sentido se reunir com o presidente de Israel e dizer: 'nós vamos ocupar Gaza, vamos recuperar Gaza, vamos morar em Gaza.' E os palestinos vão para onde, onde vão viver? Qual o país dele?", indagou.

Lula ainda afirmou que o ocorrido em Gaza foi um genocídio e sugeriu que os palestinos devem ser os responsáveis por cuidar da região. "Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos. O que eles precisam é ter uma reparação de tudo aquilo que foi destruído, para que possam reconstruir suas casas, hospitais, escolas, e viver dignamente com respeito", defendeu. O presidente também reiterou a posição do Brasil sobre a criação do Estado Palestino, ao lado do Estado de Israel, para promover a convivência pacífica.

Em outro ponto da entrevista, Lula criticou a postura dos EUA, que se autoproclamaram defensores da democracia mundial, mas agora adotam uma postura provocadora. "Os EUA foram vendidos como o símbolo da democracia mundial, se autodeterminaram como juiz do planeta. Uma fábula de dinheiro é gasta com armamento todo santo dia. Não pode mudar agora repentinamente do país que vendia a ideia da paz para o país que vende a ideia da provocação, da discordância", afirmou.

Sobre a situação dos brasileiros deportados dos EUA, Lula informou que um novo voo de repatriação deve chegar na próxima sexta-feira (7). "Estamos conversando com o Itamaraty e com a Polícia Federal, para que possamos nos preparar", disse. Ele destacou que o governo está trabalhando para melhorar as condições de recepção dos deportados e obter dados sobre os mesmos antes da chegada.

"Vive de bravata"

Lula também se referiu ao comportamento de Trump no cenário internacional. "Você tem um tipo de político que vive de bravata. O presidente Trump fez a campanha assim, tomou posse e já anunciou ocupar a Groenlândia, anexar o Canadá, mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, retomar o Canal do Panamá", disse. Lula afirmou que, se Trump aumentar as taxas sobre produtos brasileiros, o Brasil adotará a reciprocidade. "Se ele ou qualquer país aumentar a taxação com o Brasil, nós iremos usar a reciprocidade. Iremos taxar eles também. É simples e é muito democrático."

Por fim, o presidente brasileiro concluiu dizendo que o isolamento dos EUA não é benéfico nem para o país, nem para o resto do mundo, e ressaltou a importância de manter boas relações com outras potências globais como China, Índia, Rússia e México. "Como que a gente vai prescindir de um país do tamanho da China, da Índia, da Rússia, do México, dos países africanos? É preciso bom senso", finalizou.