Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 13:29
O Palácio do Planalto anunciou nesta sexta-feira (28) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, pasta responsável pela articulação política do governo. A posse está marcada para 10 de março. Gleisi, atual presidente do PT, substituirá Alexandre Padilha, que deixará o cargo para assumir o Ministério da Saúde, no lugar de Nísia Trindade.>
Inicialmente, Gleisi havia sido cotada para a Secretaria-Geral da Presidência, mas Lula optou por mantê-la na área de relações institucionais. >
A decisão ocorreu mesmo após aliados sugerirem que o presidente escolhesse um nome do Centrão para melhorar a interlocução com o Congresso. Lula, no entanto, manteve um petista à frente da pasta.>
Trajetória>
Gleisi Hoffmann é uma das figuras mais influentes do PT, partido que preside desde 2017. Ela assumiu a liderança da legenda em um período turbulento, marcado pela Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Rousseff, a eleição de Jair Bolsonaro e a prisão de Lula por 580 dias. Durante a campanha presidencial de 2022, Gleisi teve papel estratégico e, nos últimos dois anos, foi frequentemente consultada por Lula antes de decisões importantes.>
Com a nomeação de Gleisi, Lula reforça a ala mais à esquerda do governo, alinhada a críticas à agenda do mercado financeiro. A parlamentar também é uma das vozes mais respeitadas entre os filiados do PT. Antes de presidir o partido, Gleisi foi senadora pelo Paraná entre 2011 e 2018. Ela se licenciou do mandato de 2011 a 2014 para atuar como ministra da Casa Civil no primeiro governo de Dilma Rousseff.>
Sua trajetória política começou no movimento estudantil no Paraná. Formada em Direito, Gleisi atuou como secretária estadual em Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública em Londrina. Também foi diretora financeira da Itaipu Binacional. A nomeação de Gleisi ocorre em um ano de renovação na direção do PT, que escolherá um novo comando partidário.>