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Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2019 às 16:34
- Atualizado há 2 anos
A livraria carioca Leonardo da Vinci decidiu enviar uma edição do livro ‘A Metamorfose’, de Franz Kafka, para o ministro da Educação Abraham Weintraub, que trocou na semana passada errou o nome do escritor tcheco durante uma audiência: chamou Kafka de kafta, nome de uma comida.
Em tom de provocação, por conta dos cortes na área de Educação, a obra foi enviada com um bilhete explicativo.
O comunicado diz o seguinte:
“Excelentíssimo sr. Ministro da Educação Abraham Weintraub
Conhecendo seu apreço pela educação, em especial pela leitura de Franz Kafka, tomamos a liberdade de enviar para vossa excelência um exemplar de uma nova edição do grande clássico do escritor tcheco de expressão alemã, A metamorfose.
Antecipadamente, pedimos desculpas pelo corte de 25% no livro, mas a situação das livrarias brasileiras está difícil. Temos certeza que isso não impedirá sua leitura atenta e apaixonada.
Com a mais sincera estima,
Livreiros da Leonardo da Vinci”.
Em uma audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, no último dia 7, Weintraub apresentava as diretrizes e os programas prioritários da pasta, quando cometeu um ato falho que virou motivo de chacota nas redes sociais.
Aos senadores, ele contou que havia sofrido um processo administrativo “inquisitorial e sigiloso”, no qual foi “investigado, processado, julgado e inocentado” durante um ano e 8 meses, citando “A Metamorfose”, mas confundido o nome do autor com a iguaria de origem árabe.
“Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do Kafta ou a Gestapo”, declarou. A gafe foi parar no quadro de humor Isso a Globo não mostra, do Fantástico (TV Globo). Assista.