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Estadão
Publicado em 1 de fevereiro de 2024 às 14:13
O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski assinou, nesta quinta-feira, 1, o termo de posse como novo ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cerimônia ocorre no Palácio do Planalto e reúne chefes de Poderes, ministros e congressistas.
O palco da solenidade tinha, sentados da esquerda para a direita: Iara Lewandowski (mulher do novo ministro), Ricardo Lewandowski, Rui Costa (Ministro da Casa Civil), Lu Alckmin (mulher do vice-presidente, Geraldo Alckmin), Geraldo Alckmin, Lula, Janja Lula da Silva (primeira-dama), Rodrigo Pacheco (Presidente do Senado), Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Paulo Gonet (procurador-geral da República) e Beto Simonetti (presidente da OAB). O único dos chefes de Poder que não compareceu foi o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Lewandowski assume o antigo ministério de Flávio Dino, que foi exonerado do cargo nesta quinta-feira para assumir vaga na Corte Suprema. Dino começará na cadeira no STF deixada pela ministra aposentada Rosa Weber apenas em 22 de fevereiro. Até lá, ele atuará como senador, função para a qual foi eleito em 2022.
Lewandowski e os primeiros nomes anunciados para integrar a equipe do ministério têm perfil mais jurídico e menos político. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, na escolha do novo ministro da Justiça, Lula quis priorizar uma pessoa com caráter mais discreto, em contraponto à gestão de Dino, marcada por embates em audiências no Congresso e nas redes sociais.
Além de um novo perfil no cargo, o novo ministro da Justiça também contemplou a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, ao escolher mulheres na pasta. No dia do anúncio de Lewandowski à frente da Justiça, o chefe do Executivo brincou com Janja e disse que ela estava na expectativa da indicação de mulheres para a equipe da pasta.
O novo ministro escolheu a jornalista Thais Arbex para comandar sua equipe de comunicação do Ministério. Anteriormente, ela era comentarista política na CNN Brasil. Além disso, Lewandowski também decidiu por Sheila Carvalho na Secretaria de Acesso à Justiça. Ela já atua no ministério como assessora especial. Sua chefe de gabinete será Ana Maria Neves.
Apesar de não ser vinculado a nenhum partido e sua indicação ser considerada da cota pessoal de Lula, o PT continuará tendo influência na pasta. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o novo ministro do MJ vai nomear o advogado Jean Uema para comandar a Secretaria Nacional de Justiça. O cargo é responsável pela triagem de indicações ao Poder Judiciário, que posteriormente chegam à mesa do chefe do Executivo. Uema é benquisto entre petistas. Trabalhou na Secretaria de Relações Institucionais com o ministro Alexandre Padilha.
No final de janeiro, Lewandowski anunciou que sua gestão vai dar continuidade ao trabalho feito pelo seu antecessor. "Nós vamos imprimir uma continuidade ao excelente trabalho promovido pelo ministro Flávio Dino e sua equipe, com aprimoramentos", declarou, na época. Em sua avaliação, a segurança pública é o maior desafio da pasta e receberá prioridade na sua gestão. "(O problema) afeta o cidadão mais simples, o cidadão comum, o trabalhador", disse o ministro recém-empossado.