Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Kassab afirma que Lula não seria eleito hoje e chama Haddad de 'fraco'

Kassab diz que "os partidos de centro estão criando uma alternativa para 2026"

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 09:15

 Gilberto Kassab
Gilberto Kassab Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em uma crítica direta ao governo Lula, Gilberto Kassab, presidente do PSD, afirmou que, caso a eleição fosse hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não seria reeleito, apesar de considerá-lo um candidato forte. A declaração foi feita durante um painel na Latin America Investment Conference, em São Paulo, na quarta-feira (29). Kassab também criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamando-o de "fraco" e apontando a falta de articulação para reverter a crise econômica.

Kassab ressaltou que "os partidos de centro estão criando uma alternativa para 2026" e criticou a gestão econômica, dizendo que não vê uma marca positiva no governo, como aconteceu nos primeiros mandatos de FHC e Lula. Para ele, a economia precisa de ministros fortes, citando os exemplos de Henrique Meirelles e Paulo Guedes, e afirmou que Haddad não consegue "se impor" no governo.

Durante o evento, o presidente do PSD também elogiou o governador paulista Tarcísio de Freitas, destacando-o como "um candidato forte" para 2026. Kassab, que já declarou que o PSD possui ministros no governo Lula, demonstrou insatisfação com os rumos da gestão e se afastou do tom adotado em outubro, quando sugeriu que Lula seria candidato em 2026.

Kassab também mencionou que os governadores Eduardo Leite (PSDB) e Ratinho Jr. (PSD) devem ser priorizados pelo PSD nas eleições de 2026. Para o mercado financeiro, ele sugeriu uma nova "safra" de políticos promissores, incluindo Tarcísio, Leite e prefeitos como João Campos (PSB) e Topazio Neto (PSD).

A relação do PSD com o governo Lula está gerando desconfiança entre aliados, com especulações sobre uma possível aproximação do partido com o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Kassab, por sua vez, afirmou que as bancadas do PSD discutem a composição do governo com "autonomia" e garantiu apoio a Tarcísio para a reeleição em São Paulo, deixando claro que ele liderará o processo de escolha da chapa.

A postura de Kassab em relação ao bolsonarismo, especialmente em relação à inelegibilidade de Bolsonaro e à anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, é um ponto crítico. Interlocutores de Bolsonaro afirmam que, se Kassab continuar com essa posição, o ex-presidente pode vetar sua candidatura a vice na chapa de Tarcísio. No entanto, reconhecem que a relação já foi mais tensa e há espaço para diálogo, dependendo da postura de Kassab em relação a questões como a anistia ou a "perseguição" a Bolsonaro.