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Carol Neves
Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 12:09
A Justiça paulista penhorou 18 imóveis de Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, como parte do processo que o condenou a devolver cerca de R$ 417 milhões aos cofres públicos. Maluf, que tem 93 anos, foi condenado há quase 31 anos acusado por uma promoção pessoal com dinheiro público quando era prefeito. As informações são do Uol.>
Entre os imóveis penhorados, está uma mansão de mais de mil metros quadrados na praia da Enseada, no Guarujá, cujo valor venal de referência é estimado em R$ 2,7 milhões. A mansão fica localizada no número 859 da avenida Miguel Estefno, rua que leva o nome do avô de Maluf. O processo começou em 1993, quando Maluf era prefeito, após uma denúncia do vereador Maurício Faria (PT), que o acusava de usar recursos públicos para promover sua imagem pessoal, por meio do símbolo do "trevo de quatro folhas".>
O juiz José Márcio do Valle Garcia considerou a acusação válida, sentenciando que a utilização do símbolo era uma promoção pessoal ilegal, infringindo princípios da moralidade e da impessoalidade. Maluf recorreu, alegando que o símbolo não era pessoal e sim impessoal, mas teve o recurso rejeitado, e a condenação foi confirmada em 2007. >
Agora, a penhora dos imóveis foi determinada devido ao não pagamento da dívida - que agora já inclui juros e correção monetária. A lista inclui, além da mansão no Guarujá, imóveis em São Paulo e Itapecerica da Serra, com frações de terreno, como 25% de propriedades na rua Carneiro da Cunha, rua Augusta e rua Xavier de Toledo, além de outros imóveis na avenida Jacu Pêssego, entre outros. >
Maluf também não conseguiu evitar as penhoras relacionadas ao imóvel na rua Florêncio de Abreu, que figura entre os listados. O ex-prefeito ainda não devolveu os valores, apesar da condenação definitiva, o que levou à penhora de seus bens.>