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Justiça decreta prisão de ex-namorado de adolescente achada decapitada em matagal

Cabelo estava raspado, ela estava nua e tinha e mãos estavam enroladas em saco

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 6 de março de 2025 às 08:23

Vitoria Regina Sousa
Vitoria Regina Sousa Crédito: Reprodução

A Justiça decretou prisão do ex-namorado da adolescente Vitoria Regina Sousa, de 17 anos, que foi achada morta em Cajamar, na Grande São Paulo, depois de uma semana desaparecida. "Pedimos a prisão temporária desse ex-namorado", disse à TV Globo o delegado Aldo Galiano, seccional de Franco da Rocha.

O nome do suspeito não foi divulgado. O rapaz está sendo procurado e já é considerado foragido. "Há uma grande suspeita de que ele não teria participado o crime, mas que saberia que o crime seria executado", acrescenta o delegado. 

O rapaz chegou a ser ouvido pela polícia, mas em seu depoimento mostrou divergências em relação a informações dadas anteriormente por ele mesmo e também em relação a outras pessoas já ouvidas. 

O corpo de Vitoria foi achado na quarta (5) por cães farejadores da Guarda Civil Municipal (GCM) em uma área de mata em Cajamar. Ele estava com marcas de violência, decapitada, tinha o cabelo raspado e sem roupas. As mãos da vítima estavam enroladas em sacos plásticos, possivelmente para evitar que resquícios de DNA do assassino fossem deixados. A polícia, no entanto, solicitou exames de DNA.

Desaparecimento

Vitória desapareceu após sair do trabalho em um restaurante de um shopping e pegar um ônibus para casa. Em mensagens trocadas com uma amiga pelo WhatsApp, ela relatou sentir medo de dois homens que estavam no ponto de ônibus. A amiga sugeriu que ela tirasse fotos deles, mas Vitória expressou receio de ser vista. Ela embarcou no ônibus e informou que um dos homens também entrou no veículo. Mais tarde, ela desceu e relatou alívio ao ver que o homem continuou no ônibus. No entanto, testemunhas relataram à polícia que um carro com quatro homens teria seguido a jovem após ela descer do coletivo e caminhar em direção à sua casa.

A adolescente foi vista pela última vez no bairro Ponunduva, onde mora sua família. Ela vestia uma camiseta cinza, calça legging preta, tênis branco e carregava uma sacola rosa. O pai de Vitória explicou aos policiais que sempre buscava a filha no ponto de ônibus, mas naquele dia seu carro estava na oficina, e ela faria o trajeto a pé. Durante as buscas, um corpo foi encontrado, mas não era o dela.

As operações de busca mobilizaram mais de 100 agentes e contaram com o auxílio de drones e cães farejadores do canil da Guarda Municipal de Cajamar. A área de buscas foi ampliada para bairros vizinhos. Até o momento, ninguém foi preso, e o caso segue em investigação pela Delegacia de Cajamar.