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Elis Freire
Publicado em 14 de novembro de 2024 às 21:40
A Justiça do Trabalho condenou nesta quinta (14) a Voepass e a Latam a pagarem pensão ao viúvo da comissária de bordo Débora Soper Ávila, morta em agosto deste ano na queda do voo 2283 em Vinhedo (SP). As informações são do g1. >
A decisão determina o depósito mensal de R$ 4.089,97, o equivalente a 2/3 da última remuneração da funcionária da companhia aérea, a partir de janeiro de 2025. Em caso de descumprimento, as empresas serão multadas. Decisão é da Vara do Trabalho em Ribeirão Preto (SP), onde a Voepass tem sede, e ainda cabe recurso.>
Sem prazo para o fim do pagamento, a ação foi movida por Marcus Vinícius Ávila Sant’Anna, viúvo de Débora, que trabalhava no voo quando ocorreu o acidente. >
A comissária trabalhava desde março de 2023 na Voepass. Formada em gestão de recursos humanos, já havia trabalhado em outra companhia aérea entre 2018 e 2019.>
No pedido à Justiça, Marcus Vinícius alega que a morte da esposa causou significativa perda financeira já que a remuneração dela era significativa para a manutenção das despesas do lar.>
A Latam também foi condenada porque o voo era operado em codeshare,sistema de compartilhamento de rotas entre as companhias aéreas.>
Segundo a defesa da família da comissária, a ação ainda pede a reparação por dano moral e uma indenização pela morte dela.>
“Ainda que seja uma decisão liminar – a ser reavaliada ao final do processo – a condenação da Voepass e da Latam ao pagamento de pensionamento ao viúvo da vítima é medida fundamental para o amparo financeiro e emocional de seus herdeiros”, afirmou o advogado Leonardo Orsini de Castro Amarante, ao g1.>
Uma audiência foi marcada para abril de 2025 na Justiça do Trabalho em Ribeirão Preto.>
Em nota, a Voepass Linhas Aéreas disse que informações sobre questões jurídicas são tratadas exclusivamente com familiares e representantes legais.>
Relembre o desastre>
No dia 09 de agosto deste ano, o ATR-72 da Voepass caiu em Vinhedo, interior de SP. Os quatro tripulantes e 58 passageiros morreram. O acidente é o maior da história da aviação brasileira desde a tragédia em um avião da TAM, em 2007, onde 199 pessoas morreram.>
O avião saia de Cascavel, no Paraná, para Guarulhos (SP). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. >
Uma das principais linhas de investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB) é de que a formação de gelo afetou o desempenho da aeronave.>