Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Justiça condena oito integrantes do PCC por planejar sequestro de Moro

As penas variam, com os réus recebendo até 14 anos e nove meses de prisão

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 08:43

Sérgio Moro
Sérgio Moro Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Oito pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenadas por seu envolvimento em um plano de atentado contra o senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil-PR), revelado pela Operação Sequaz em 2023. As penas variam, com os réus recebendo até 14 anos e nove meses de prisão.

De acordo com a sentença da juíza Sandra Regina Soares, da 9.ª Vara Federal de Curitiba, o atentado fazia parte de uma "atuação criminosa contínua e extremamente estratégica" do PCC, sendo articulado por uma célula conhecida como "sintonia restrita", que funciona como um centro de inteligência da facção. A magistrada afirmou que o plano envolvia não apenas o sequestro de Moro, mas também levantamentos sobre outras autoridades públicas, evidenciando o modus operandi meticuloso do grupo.

A tentativa de atentado foi classificada como extorsão mediante sequestro. A juíza ressaltou que o crime não foi consumado devido à intervenção da Polícia Federal, destacando que a facção continuou com o plano até ser interrompida pelas autoridades.

Quando a Operação Sequaz foi deflagrada, o PCC estava prestes a executar o atentado. Os membros da facção haviam monitorado os passos dos alvos e até alugado imóveis que seriam usados no plano. A investigação também revelou que outros agentes públicos estavam sendo monitorados, como o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há anos, e agentes penitenciários. O PCC planejava uma ação coordenada e simultânea em diversos estados.

O líder do grupo, Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como "Nefo", foi executado em junho de 2024 na Penitenciária P2, em Presidente Venceslau, São Paulo.

O plano da facção teria sido motivado por medidas adotadas por Moro quando era ministro da Justiça no governo Bolsonaro, como a proibição de visitas íntimas a detentos e a transferência dos líderes do PCC para presídios de segurança máxima.

Os condenados no caso incluem:

Claudinei Gomes Carias ("Nei" ou "Carro"), responsável pela vigilância de Sergio Moro e sua família em Curitiba;

Franklin da Silva Correa ("Frank"), que ajudou na parte operacional do plano;

Herick da Silva Soares ("Sonata"), encarregado de atividades logísticas, como levantamento de dados pessoais, compra de carros e aluguel de imóveis;

Aline Arndt Ferri, que buscou dados pessoais de Moro e sua família;

Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, que procurou imóveis para servir de cativeiro;

Hemilly Adriane Mathias Abrantes, que registrou um carro blindado usado no planejamento;

Aline de Lima Paixão, companheira de "Nefo";

Oscalina Lima Graciote, ex-companheira de "Nefo".

Além disso, três réus foram absolvidos.