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Jovem baleada por agentes da PRF no Natal tem sedação suspensa: 'Um milagre', diz família

Paciente tem aberto os olhos e está começando a interagir

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 3 de janeiro de 2025 às 12:16

Juliana Rangel
Juliana Rangel Crédito: Reprodução

A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça em uma rodovia do Rio de Janeiro por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera do Natal, teve a sedação suspensa nessa quinta-feira (1º). Segundo o boletim médico, "a paciente já interage com o ambiente, apresenta nível de consciência em progresso e responde a estímulos", relata o jornal Extra.

A família considera a recuperação um milagre. "Minha filha, graças a Deus, está abrindo os olhos. Eu já disse 'eu te amo' tantas vezes, e ela me respondeu com os lábios que me ama. Minha filha é um milagre. Todos os médicos dizem que ela é um milagre", disse ao jornal a mãe Dayse Rangel, que visita a filha diariamente na unidade hospitalar.

A mãe de Juliana contou ainda que o tiro atingiu a orelha da filha, mas os médicos disseram que, quando ela estiver melhor, deverá fazer uma cirurgia plástica para reconstituição.

O diretor-médico do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, Moises Almeida, explicou que a jovem segue em ventilação mecânica de suporte, quando a própria paciente realiza o estímulo inicial e o aparelho auxilia.

"Ela está tolerando ficar sem nenhuma sedação. Tem aberto os olhos e está começando a interagir, com a pressão arterial estável. Realizamos uma tomografia do crânio e não houve novos achados. Está tudo dentro do esperado", informou o médico ao Extra. O estado de Juliana é considerado regular.

Ao Estadão, o pai da vítima, Alexandre Rangel, disse que mais de 30 tiros foram disparados em série pelos agentes, e que os policiais teriam alegado que abriram fogo porque do carro onde estava Juliana teriam saído os primeiros disparos.

No feriado de Natal, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar a conduta dos agentes da PRF.

No procedimento, o MPF pede que as viaturas que estavam na abordagem sejam recolhidas, assim como as armas dos policiais, e que a Polícia Federal, que também abriu uma investigação, informe o que já foi apurado sobre o caso.

Em nota, a PRF informou que os agentes - dois homens e uma mulher - envolvidos no caso foram afastados preventivamente das atividades operacionais.