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Influenciadora cristã culpa terreiros por enchentes no RS: ‘Mais do que a Bahia’

A professora universitária baiana, Bárbara Carine rebateu as declarações

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2024 às 16:58

Uma influenciadora cristã publicou um vídeo culpando as religiões de matrizes africanas pela catástrofe no Rio Grande do Sul
Uma influenciadora cristã publicou um vídeo culpando as religiões de matrizes africanas pela catástrofe no Rio Grande do Sul Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Uma influenciadora cristã publicou um vídeo culpando as religiões de matrizes africanas pela catástrofe no Rio Grande do Sul. Michele Dias Abreu foi acusada de intolerância religiosa, afirmando que as enchentes acontecem porque existem muitos terreiros de “macumba” na região, o que estaria “causando a ira de Deus”.

“O que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Deus está descendo com sua ira total. Eu não sei se vocês sabem, mas o estado do Rio Grande do Sul é um dos estados com o maior número de terreiros de macumba, mais do que a Bahia”, iniciou.

Michele insinuou que as pessoas brincam com o sagrado, fazendo com que inocentes sofram as consequências por essas atitudes. “Deus é santo, não há um Deus maior do que ele e aí as pessoas estão abusando disso. Vocês podem ter certeza que Deus não divide a sua honra com ninguém e isso vai ter consequências, está tendo consequências”, completou.

A professora universitária baiana, Bárbara Carine, comentou sobre o vídeo nas redes sociais. Ela denunciou que o fundamentalismo religioso reproduzido pela influenciadora é um exemplo do que acontece e representa um discurso a ser combatido.

“O fundamentalismo religioso é uma das coisas mais burras e criminosas que segue na nossa sociedade hoje. O discurso de ódio mata. O problema não é nem a existência das religiões, mas o fundamentalismo religioso, que é essa percepção de que a sua religião é a única possível e todas as outras devem ser veementemente combatidas”, desabafou.

A professora também comentou o fato do discurso ser contraditório, ao pregar por uma divindade vingativa.