Influenciador com 'íntima ligação com o PCC' é preso em mansão por golpes envolvendo carros de luxo

O empresário e influencer Filippe Ribeiro, de 29 anos, foi preso nesta quinta-feira (13) em uma mansão em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Ele é acusado de liderar uma quadrilha envolvida em golpes relacionados à compra e venda de veículos de luxo, tráfico de drogas, tráfico de armas e lavagem de dinheiro. Além dele, outras 11 pessoas têm mandados de prisão temporária em uma operação coordenada pela Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Carapicuíba. As informações são do Metrópoles. 

Filippe tem quase 50 mil seguidores em suas redes sociais, nas quais exibe carros de luxo e compartilha sua trajetória com relatos de sucesso financeiro, incluindo o lançamento de um livro sobre como superou uma dívida de R$ 300 mil e se tornou um empresário bem sucedido. 

Segundo o delegado Estevão Castro, a quadrilha tem "íntima ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) no tráfico de drogas". No âmbito da investigação, a polícia cumpre 40 mandados de busca e apreensão. Castro revelou que Filippe seria o responsável por um esquema no qual comprava carros de devedores com a promessa de quitar os financiamentos, mas não cumpria o combinado, vendendo os veículos por valores muito acima. Além disso, ele também é investigado por alugar carros em outros estados, cloná-los e vendê-los em São Paulo.

A operação também revelou denúncias anteriores contra Filippe. Em outubro do ano passado, uma pessoa do Rio de Janeiro alegou ter entregue seu carro para a Avanzza Soluções, empresa dirigida por Filippe, com a promessa de que ele seria quitado em 18 meses. No entanto, o veículo foi vendido a outra pessoa e o financiamento nunca foi pago. Filippe teria recebido R$ 105 mil pela venda.

Além disso, o empresário havia anunciado recentemente um curso on-line, agendado para o próximo dia 18, no qual, segundo ele, compartilharia informações "confidenciais" sobre como se tornar um "inimigo número 1 dos bancos". Filippe também escreveu um livro sobre como descobriu “brechas legais nos contratos bancários” ao longo de sete anos de experiência no mercado automotivo.

Procurado, o empresário negou, por meio de sua assessoria, envolvimento em qualquer esquema ilegal, afirmando estar comprometido com a transparência e a ética, e que dedicou os últimos sete anos à sua família e trabalho.