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'Indianos são pessoas boas, não podemos generalizar', diz brasileira vítima de estupro coletivo

Brasileira pede que não haja preconceito contra o país

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 3 de março de 2024 às 15:31

Brasileira pediu que não haja preconceito contra o país
Brasileira pediu que não haja preconceito contra o país Crédito: Reprodução

A brasileira vítima de estupro coletivo na Índia nessa sexta-feira, 1º, fez um vídeo neste domingo, 3, para agradecer o apoio, dizer que está melhor e pedir para que não haja preconceito contra o país asiático. A gravação foi publicada no perfil que ela e o marido mantêm nas redes sociais para divulgar relatos sobre suas viagens de motocicleta pelo mundo.

A violência sexual ocorreu no distrito de Dumka, estado de Jharkhand, onde eles tinham decidido acampar em uma área remota. Eles foram atacados pelo grupo na tenda em que iriam passar a noite. Ela - brasileira de cidadania espanhola - relata ter sido abusada por ao menos sete homens. Três suspeitos foram presos pela polícia, que diz ter identificado todos os autores do ataque.

Os viajantes também foram roubados e o marido da vítima, que é espanhol, relata ter sido ameaçado com uma faca no pescoço. "Bateram várias vezes com um capacete e atingiram uma pedra na minha cabeça", disse ele, em vídeo publicado anteriormente.

A denúncia foi reportada no sábado, logo após o ocorrido. Mas como os agentes só sabiam falar hindi, língua local, as autoridades souberam que era um estupro só quando ambos chegaram no hospital.

"Este vídeo é para dizer a todos que estamos melhores e agradecer todo o apoio. A polícia está fazendo de tudo para capturar os criminosos que ainda estão soltos", disse o marido na gravação neste domingo. 

Em vídeo, ele agradece o apoio recebido e também diz acreditar no trabalho na polícia. Ambos citam ainda que o crime não pode ser associado à Índia, que oferece experiências incríveis para quem visita.

"Não pense que a Índia é assim, porque não é verdade", disse ele. "Os indianos são boas pessoas. Encontramos alguns indesejáveis, mas não podemos generalizar", acrescentou a vítima.