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Carol Neves
Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 12:29
Uma idosa de 68 anos, Maria de Fátima Silva Pires, foi agredida por um motorista de aplicativo ao entrar no condomínio onde mora, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. O caso ocorreu na quarta-feira (29) e foi registrado na 12ª DDelegacia (Copacabana) como lesão corporal. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a vítima leva um chute nas costas logo após passar pelo portão do prédio.>
Maria de Fátima contou que estava voltando de uma consulta médica, onde avaliou um quadro de pneumonia, e havia chamado um carro de aplicativo. Ela relatou que foi agredida após comer um biscoito dentro do veículo. “Eu vim comendo um biscoitinho. Quando parou no prédio, ele disse assim para mim: 'Agora, você vai limpar o banco'. Nisso, eu fiquei impactada e não respondi. Eu saí e o que que aconteceu: ele correu atrás de mim, me deu um chute nas costas e me jogou no chão. Eu já sou uma senhora e estou com meu lado direito comprometido, com muita dor”, desabafou a idosa, falando ao G1.>
O motorista, que já foi identificado pela polícia, será intimado a prestar esclarecimentos. Segundo o delegado Angelo Lages, da 12ª DP, a vítima já reconheceu o agressor. "Não temos dúvidas sobre a identificação", afirmou. O veículo utilizado, no entanto, não está no nome do suspeito.>
A Uber emitiu uma nota lamentando o ocorrido e afirmou que o motorista foi banido da plataforma. "A Uber lamenta o caso e considera inaceitável o uso de violência. A conta do motorista parceiro foi banida da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio", disse a empresa, que também destacou estar à disposição das autoridades para colaborar com a investigação.>
Maria de Fátima foi socorrida pelo porteiro do prédio, que presenciou o momento da agressão. Ela deve realizar o exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) nesta sexta-feira (31). A polícia aguarda o resultado para determinar a extensão das lesões e definir se o motorista responderá por lesão corporal grave ou gravíssima.>
A idosa fez um apelo para que casos como o seu não se repitam. “Que isso não ocorra mais. É o meu apelo aqui. Porque mulheres não denunciam, pois acreditam na impunidade, mas eu não. Eu ainda acredito na Justiça”, afirmou.>